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Análise

Recurso ajuda, mas inclusão exige mudanças mais amplas

JAIRO MARQUES COLUNISTA DA FOLHA

A impossibilidade de deslocamento com tranquilidade, viabilidade e segurança na cidade de São Paulo é um dos maiores impedimentos para que pessoas com deficiência consigam ser mais atuantes em sociedade.

Cadeirantes são os que protagonizam perrengues com maior frequência no convívio com o transporte público da cidade, mas cegos, surdos e familiares que conduzem seus parentes também padecem apertos no ir e vir.

Todos as tradicionais dificuldades do transporte, como a superlotação, a conservação ruim e a lentidão, têm efeitos dobrados em quem tem alguma deficiência.

Um"espacinho" para entrar não surge, o letreiro que informa as paradas nunca funciona e não há som de avisos aos cegos.

Uma linha de coletivos totalmente acessível ajuda e avança no debate, mas de nada valerá a pena se o planejamento urbano e a mentalidade das pessoas também não forem inclusivas.

É necessário mudar o comportamento do motorista que não para no ponto ao ver a moça de muletas, do marmanjo que não se cede o espaço reservado ao idoso e padronizar guias de calçada que não comportam a abertura da rampa do ônibus para embarque do cadeirante.

Também é fundamental encarar o desafio de levar o acesso para além de lugares "visados" e nada periféricos.


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