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'Voz do além' em ônibus surpreende passageiros

Usuários aprovam veículos hi-tech testados, mas criticam superlotação

'É muito bom, dá para falar com a garagem direto. O que não muda é o trânsito', diz motorista de linha com tecnologia

DE SÃO PAULO

Os ônibus hi-tech "falantes" que estão sendo testados pela Prefeitura de São Paulo são aprovados pelos passageiros, mas causam susto em quem está mais acostumado a ouvir a próxima parada apenas no metrô.

A auxiliar de limpeza Dinilza Marques, 39, diz ter ficado espantada quando escutou pela primeira vez a voz "de mulher do além" no ônibus, que usa todo dia.

"Tomei um susto, mas o cobrador me explicou o que era e hoje já acostumei", conta a passageira, que também elogia o fato de o sistema ajudar quem é de fora da cidade.

"Ontem mesmo apareceu uma gaúcha aqui que não conhecia nada. Ela me perguntou qual era o ponto do shopping Ibirapuera. Falei só pra ela ficar atenta. Quando a mulher' falou, a menina ficou abismada", relata, aos risos.

"Os passageiros ficam muito curiosos, acham chique andar no ônibus que fala. Para a gente é muito bom, dá para falar com a garagem direto, relatar qualquer problema. O que não muda é o trânsito mesmo", diz o motorista Evaldo Xavier.

Como ainda está em teste, não há indicação aos passageiros sobre a conexão wi-fi. Mas quem descobre e começa a usar também aprova.

"Tô usando pela primeira vez, é bem rápido. Deveria ter em todos os ônibus, mas só temos que ficar ligados, pois se ficar mexendo no celular toda hora fica mais fácil pro ladrão saber quem vai roubar", diz Rodney Alves, 35.

APERTADA

Apesar de aprovarem os diferenciais a bordo, passageiros e motoristas da linha 509M-10 reclamam que ela também sofre de um problema recorrente na cidade: a superlotação nos picos.

"De tarde ela vai bem até o Ibirapuera. De lá pra frente não cabe mais ninguém, vai todo mundo apertado", diz Everson Pace, 30.

Segundo funcionários, a linha é a mais rentável da Mobibrasil, pois transporta mais passageiros e faz quase todo o percurso por corredores e faixas exclusivas de ônibus.

A empresa foi a única fora da zona leste que recebeu conceito "ruim" na avaliação de qualidade da SPTrans no primeiro semestre deste ano.

RECARGA

Outro aparelho em teste é um novo modelo de validador, com tecnologia que permitirá a recarga de benefícios como o vale-transporte dentro dos coletivos.

"O passageiro encosta o cartão, o sistema checa se há algum crédito, carrega e depois cobra o valor da passagem, tudo em milissegundos", diz Adauto Farias, diretor da SPTrans.

O sistema pode ajudar a reduzir custos, pois hoje a empresa paga a outras pelo serviço de recarga.


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