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RUF 2013
Boa reputação faz PUC e Mackenzie subirem em ranking
Em posição intermediária na lista geral do RUF, universidades se destacam na percepção de entrevistados
Cálculo é baseado nas notas de avaliadores do MEC e empregadores; USP, UFRJ e UFMG lideram nesse quesito
Classificadas em posições intermediárias na listagem geral do RUF (Ranking Universitário Folha), PUC-SP e Mackenzie saltam para as primeiras posições se considerada somente a reputação dos seus cursos de graduação.
O cálculo é feito com base nas notas recebidas nas duas pesquisas realizadas pelo Datafolha, com avaliadores do MEC e com empregadores.
Elas compõem uma parte do indicador de ensino e o indicador de mercado do RUF.
A PUC-SP aparece em 43º lugar na lista geral, que analisa as 192 universidades brasileiras partindo de 16 quesitos de qualidade.
A instituição, no entanto, sobe para 6º quando isolados os dois itens referentes à sua reputação no ensino.
Ou seja, a imagem que a universidade passa é melhor do que os dados aferidos, que englobam itens como produção científica e percentual de professores doutores.
O Mackenzie ganha 20 posições quando a análise é restrita à percepção que se tem da instituição. A universidade está em 27º lugar geral e sobe para 7º em reputação. USP, UFRJ e UFMG lideram as listas geral e de reputação.
INFLUÊNCIA
A análise da reputação das universidades feita no RUF foi inspirada em rankings internacionais consolidados como os britânicos THE (Times Higher Education) e QS.
O primeiro traz desde 2011 um indicador que aponta as universidades mais citadas entre os pesquisadores. O QS inclui também a opinião de quem contrata sobre as instituições de ensino superior.
Para o THE, a reputação da instituição pode captar qualidades ou defeitos que os números não mostram. Aponta, no entanto, que esse tipo de levantamento está sujeito à subjetividade.
Carlos Vogt, ex-reitor da Unicamp e assessor do governo paulista para educação superior, pensa diferente.
"A opinião que as pessoas têm de uma instituição também está calcada em fatos. Tradição, políticas de ensino adotadas e performance dos egressos das universidades no mercado de trabalho são levadas em conta."
Em termos práticos, uma boa reputação ajuda a atrair bons alunos e docentes, acredita a pró-reitora de pós-graduação da PUC-SP, Maria Andery. "Cria-se um circulo virtuoso. A boa reputação traz bons alunos, que reproduzem um bom desempenho da universidade", afirma.
Maria também credita, em parte, à boa imagem a superação da crise de 2006, quando a universidade chegou a dever R$ 107 milhões e cortou cerca de 30% do quadro.