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Projeto pretende 'refundar' cidade a partir de restauro

DA ENVIADA A TAUBATÉ E PINDAMONHANGABA

Em Redenção da Serra (a 174 km de São Paulo), um projeto de restauração da antiga igreja matriz pode ser o ponto de partida para unir a "velha" à "nova" cidade.

A igreja, tombada pelo patrimônio estadual, foi uma das poucas estruturas que restaram após a inundação da cidade, em 1970 --o que motivou a mudança da população e o afastamento físico do passado do município.

"A igreja ficou do outro lado da represa, como se a população assistisse à dissolução da própria história", diz Samuel Kruchin, responsável pelo projeto de restauro.

Segundo ele, a ideia é recuperar todo o entorno da igreja, área conhecida como Cidade Velha, e "conectá-lo" à nova cidade. "É uma ideia de refundação de Redenção da Serra", explica.

Uma das iniciativas do projeto, ainda em estudo, é construir um dique para manter estável o nível da água do reservatório da represa.

Esse é um dos problemas que ameaçam a estrutura da igreja de 1880. "Hoje, mesmo com muro de proteção, a água entra. Os altares estão se deteriorando, e a tendência é piorar", diz o arquiteto.

A prefeitura obteve cessão de uso da igreja e da antiga sede, localizadas em área da Cesp (Companhia Energética de São Paulo). A partir daí, deve iniciar a revitalização do conjunto. A área equivale a quase seis campos de futebol.

"Queremos aproveitar isso como atrativo turístico. Para nós que já vivemos ali é gratificante ver de novo", diz o prefeito Benedito de Moraes (PMDB), o Nequinho.

Situação semelhante enfrenta a igreja do Bonfim, entre as cidades de Aparecida e Roseira, área que no passado abrigou um dos maiores povoados da região.

"Pensava-se que ali seria uma grande cidade", diz o padre José da Silva. "Depois, foi se tornando um bairro rural. E a igreja, com o tempo, foi ficando abandonada."

A estrutura construída no século 19, com inspiração na igreja homônima baiana e na antiga basílica de Aparecida, está fechada há um ano.

Segundo o padre, um projeto de restauro foi feito em 2009, mas houve dificuldade para obter recursos --cerca de R$ 1 milhão.

Os danos se agravaram desde então. Agora, a previsão é atualizar o projeto. "É urgente. A cada chuva vão abrindo mais trincas", diz. (NC)


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