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Mais uma família é achada morta na Grande São Paulo

Corpos de mãe e quatro filhos entre 7 e 16 anos estavam em apartamento; polícia suspeita de envenenamento

Namorado de auxiliar de enfermagem foi preso ontem, mas circunstâncias do crime ainda não estão claras

DO "AGORA" DE SÃO PAULO

A auxiliar de enfermagem Dina Vieira da Silva, 42, e seus quatro filhos, com idades de 7 a 16 anos, foram encontrados mortos no final da noite de anteontem em um apartamento em Ferraz de Vasconcelos (Grande SP).

Foi o quarto crime em menos de dois meses envolvendo famílias assassinadas sem sinais de furto ou roubo.

O boliviano Alex Guinone Pedraza, 33, namorado da auxiliar de enfermagem, foi preso ontem à noite após ser considerado suspeito pelo crime.

Segundo a polícia, a Justiça decretou a prisão temporária ao considerar que ele não tem endereço nem trabalho fixos. O advogado dele não foi localizado pela Folha.

No imóvel onde as vítimas estavam foram apreendidos uma jarra com um líquido amarelado e pedaços de bolo. O DHPP (departamento de homicídios) investiga a possibilidade de envenenamento.

Não está claro como isso pode ter ocorrido. O envenenamento pode ter sido causado por um integrante da família ou por alguém de fora, diz a polícia, que apura ainda a hipótese de intoxicação após vazamento de gás.

Muitas fezes e vômito também foram encontrados no chão do apartamento. Não havia sinais de violência.

Contra Alex há três boletins de ocorrência registrados por Dina (em 2008, 2009 e 2013) em que ela se queixava de ameaças. Ele já foi condenado a dois anos de prisão por furto em 2005.

Foi Alex que encontrou os corpos, às 23h de segunda. O boliviano disse à polícia que havia tentado ligar para a mulher à tarde. Sem conseguir contato, decidiu ir até o apartamento, no andar térreo do condomínio, de classe média.

Ao olhar pela janela, Alex disse ter visto duas crianças caídas na sala. Pediu ajuda a vizinhos para arrombar a porta. Equipes do Samu foram ao local e constataram que todos já estavam mortos.

Uma vizinha disse que por volta das 8h ouviu uma criança chorar muito. A polícia foi com Alex ontem ao apartamento para ele reconstituir o que havia narrado. Ela vai pedir imagens das câmeras do local para verificar se alguma pessoa esteve com a família.

Alex não era o pai das crianças que morreram --que mora no interior de São Paulo. A família havia se mudado para o condomínio dias atrás.

Ao menos 16 pessoas morreram em crimes familiares na região metropolitana em pouco mais de um mês.


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