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Experiência feita em Belo Horizonte gerou ganho
São Paulo lançou neste mês edital para mapeamento digital de imóveis
Sistema também vai ajudar a prefeitura a detectar áreas invadidas e sujeitas a riscos de deslizamento
O mapeamento de imóveis com as novas tecnologias que usam raio laser, a ser realizado em São Paulo, é o maior do país em áreas urbanas.
Mas outros projetos de atualização da base cartográfica com o uso de imagens aéreas já geraram ganhos substanciais de arrecadação em outras cidades.
Foi o caso de Belo Horizonte (MG), que realizou o reprocessamento dos impostos em 55.175 imóveis, correspondente a uma parte da cidade.
Na área analisada, o imposto subiu 31,75% e alcançou R$ 44,1 milhões a mais, na comparação com os valores de 2011 e do ano passado.
Em Curitiba (PR), um trabalho mais antigo, de 2000, provocou um salto de 60% na receita de impostos na área coberta pelo novo mapa cartográfico fiscal.
Esses resultados, no entanto, são apenas indicativos.
O geógrafo Tiago Gomes Ditzel, que atuou em um outro trabalho, em Recife (PE), disse que não é possível comparar possíveis resultados obtidos em São Paulo com os encontrados em municípios e comunidades diferentes.
Segundo ele, o impacto do reprocessamento dos dados varia muito porque cada cidade tem uma estrutura própria. Além, disso, os mapas cartográficos usam dados coletados em períodos diferentes de tempo.
O ganho da cidade de São Paulo, que optou por tecnologias mais recentes, será também a capacidade da prefeitura de realizar novas atualizações do mapa fiscal com maior rapidez.
"Você não terá somente caixinhas' vistas de cima. Vai poder diferenciar a altura entre uma construção e outra", diz Ditzel, que trabalha em uma empresa especializada.
Segundo ele, o sistema também vai ajudar a prefeitura a detectar áreas invadidas, sujeitas a riscos de deslizamento e toda a cobertura vegetal. "Serão dados de topografia bem precisos."
O edital, lançado neste mês, diz que a nova tecnologia trará "consequentes melhorias na tributação pelo IPTU".
