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Mulher confessou assassinato na Unicamp, diz polícia
Rapaz morreu esfaqueado em festa no último sábado; namorado da suspeita diz que ela agiu em legítima defesa
Uma jovem de 20 anos confessou a morte do estudante Denis Papa Casagrande, 21, no último sábado, em uma festa dentro do campus da Unicamp, em Campinas (a 93 km de SP), segundo a Secretaria da Segurança Pública.
O delegado titular do setor de homicídios da cidade e responsável pela investigação, Rui Pegolo, informou à pasta que a mulher suspeita foi ouvida na delegacia e confessou ter cometido o crime, alegando legítima defesa.
Maria Teresa Alexandrino Pelegrino, 20, depôs anteontem à noite na delegacia.
Saiu sem falar com a imprensa e cobrindo o rosto, mas seu namorado, que a acompanhava, afirmou que ela agiu em legítima defesa.
A jovem não chegou a ser presa pela polícia.
"O cara tentou agarrá-la à força e bateu nela", afirmou o atendente Anderson Mamede, 20, enquanto os dois se dirigiam a um carro. "Infelizmente, ele [Casagrande] morreu e não está aqui para poder comprovar nada."
A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Mamede e de Pelegrino.
BRIGA
Casagrande foi esfaqueado em uma briga por volta das 4h, em uma festa no teatro de arena da universidade, dentro do campus. Chegou a ser socorrido e hospitalizado, mas não resistiu ao ferimento.
Segundo um amigo que morava com o estudante de engenharia de controle e automação da Unicamp, um grupo o atacou. Ele pediu para não ser identificado, mas disse que houve agressões até mesmo com um skate.
Mamede também ficou ferido na briga e foi levado pela Guarda Civil Municipal ao mesmo Hospital das Clínicas da universidade onde Casagrande morreu.
A secretaria informou que a Polícia Civil busca imagens das câmeras de segurança da universidade e deve ouvir amigos da vítima que estavam no local do crime para confirmar a versão apresentada pela suspeita e concluir o inquérito policial.
A Unicamp decretou luto oficial de três dias e informou, em nota, que lamenta a morte do estudante e se solidariza com sua família.
Segundo a instituição, não havia autorização para a realização da festa no local.