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Diva Maria de Faria Burnier (1946-2013)

Foi colega de Dilma na prisão

ANDRESSA TAFFAREL DE SÃO PAULO

Em 1970, presa pela ditadura, a então integrante da Ação Libertadora Nacional (ALN) Diva Burnier passou cerca de um ano no presídio Tiradentes, em São Paulo, na cela conhecida como "Torre das Donzelas". Tinha entre as companheiras Dilma Rousseff.

Anos depois, quando foi estudar na Unicamp, a presidente do Brasil alugou a casa que Diva ainda mantinha em sua cidade natal, Campinas.

Apesar de não serem amigas próximas, Dilma tinha muito carinho pela ex-colega de prisão, segundo a família.

Além de lutar contra a ditadura e pela anistia, atuou no movimento feminista. Ajudou a fundar, no final da década de 70, a revista Brasil Mulher.

Economista, dedicou sua vida profissional a projetos relacionados à alimentação. Aposentada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), trabalhou por muitos anos na Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

É descrita pela família como uma mulher reservada, de opiniões fortes, solidária e humilde. Muito culta, nas horas de folga dedicava-se à leitura. Gostava também de artesanato e chegou a montar um ateliê na garagem de casa.

Por muitos, era conhecida como "a ex-companheira do Pacu", apelido do seu primeiro marido, Devancyr Romão. Foi casada ainda com o jornalista Luiz Clauset.

Em fevereiro, sofreu duas fraturas no crânio após uma queda em casa. Meses depois, em outro acidente, fraturou a bacia. Morreu na quarta (25), aos 67 anos. Deixa três filhos: João, do primeiro casamento, e Felipe e Luís, da segunda união.


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