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Chuva e frio atrapalham madrugada no Ibirapuera

Prefeitura afirma que 4.000 passaram por lá

ROBERTO DE OLIVEIRA DE SÃO PAULO

O cenário já era de fim de festa, com poucos skatistas e patinadores deslizando sob a marquise do Ibirapuera, quando, por volta das 2h, um coral de 12 vozes rompeu com a monotonia das batidas dos skates: "Vou com Jesus! Ninguém pode me parar".

A Masdec (Mocidade da Assembleia de Deus Centenário) Shekinah ("a glória de Deus") até tentou animar com seu "black gospel" a estreia do Ibirapuera 24 horas, na madrugada de ontem.

A ideia era "sair cantando pelo parque", conta o líder do coral, o empresário Moisés Anderson de Lima, 32, mas a chuva atrapalhou os planos dos cantantes. Não só deles.

A madrugada marcou 15º C e poucos se animaram a passear no parque, que agora funciona ininterruptamente de sábado para domingo.

Eliazer Rodella, 44, comandante regional da Guarda Civil Metropolitana, diz que passaram por lá 4.000 pessoas --durante as seis horas em que a Folha esteve no local, contou cerca de 250 frequentadores.

Para o desenhista Daniel Kenji Kodama, 29, o parque estava perfeito. "De dia, patinadores, skatistas e público se atropelam. Vazia, a marquise é nossa", disse ele, que fazia manobras em meio a uma fileira de cones.

Skatista, Leandro Merlugo, 26, queria saber: "Cadê as famílias? Não vieram, porque ninguém quer deixar o carro lá fora." Automóveis tiveram que deixar o estacionamento depois da 0h. Isso, segundo o secretário de Verde e Meio Ambiente, Ricardo Teixeira, 54, para "não virar um motel a céu aberto". Os planos de Haddad (PT) preveem o fim da circulação de carros no parque aos domingos.

Teixeira reconhece que o frio espantou o público, mas diz que o Ibirapuera 24 horas, que consiste em deixar aberto um terço do parque, está só começando. Para as próximas edições, ele estuda criar eventos temáticos. Gastronomia e "madrugada zen" são algumas propostas.

No outro extremo da marquise, as barraquinhas de artesanato estavam vazias, com vendedores enrolados em cobertores. Ana Cristina Alves Monteiro, 45, levou 148 pares de sapatinhos de bebê feitos de crochê. Às 2h27, tinha vendido só dois. "Antes da meia-noite, você via casais e famílias. Agora, só ficaram skatistas e patinadores."


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