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Hospital de Marília cancela 10 mil consultas

Em greve há um mês, funcionários pedem reajuste salarial pelos últimos três anos

RAMON BARBOSA FRANCO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM MARÍLIA (SP)

Cerca de 10 mil consultas foram canceladas nos últimos 30 dias por causa da greve no complexo Famema (Faculdade de Medicina de Marília), ligado ao governo paulista e responsável pelo Hospital das Clínicas, o principal da região de Marília (a 435 km de São Paulo).

A falta de reajuste salarial para 2.200 funcionários nos últimos três anos é apontada como o principal motivo da paralisação, que já completou um mês. O governo propõe reajuste salarial de 8%. A categoria quer 30%.

Além do HC, que atende Marília e 70 municípios vizinhos, o complexo Famema tem ambulatórios de especialidades, laboratórios, pronto-socorro e cursos de enfermagem e medicina.

Em 2012, foram realizados 2 milhões de procedimentos, além de 6.000 cirurgias e 950 mil exames laboratoriais.

A vendedora Marília Neves, 27, desistiu de esperar por atendimento no pronto-socorro do HC na semana passada. Neves procurou o complexo Famema após sentir fortes dores no peito.

"Esperei cinco horas sem ser atendida. Eu não tenho culpa da greve." Neves disse que não sabia da paralisação.

"Não é só a questão salarial. Também faltam estrutura, equipamentos e materiais", afirma o sindicalista Aristeu Carriel, que representa os trabalhadores dos setores de higiene, nutrição e enfermagem.

A diretoria da Famema obteve liminar no Tribunal Regional do Trabalho, no começo do mês, que obriga os grevistas a manter atendimento mínimo de 80% no setor de urgência e de 70% de trabalhadores nos demais setores.

A administração acusa os funcionários de não cumprirem a determinação judicial. O sindicato afirma que as cotas são atendidas.

"A diretoria fez os cálculos para os setores com base num quadro fictício de funcionários. Hoje o complexo tem uma defasagem de 40% na mão de obra", afirma Carriel.

"O atendimento ambulatorial tem média de 700 consultas por dia. Durante a greve, 10 mil consultas já passaram por reagendamento", informou a Famema.


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