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Manoel Blecher (1933-2013)

Dr. Mané dedicou-se aos idosos

ANDRESSA TAFFAREL DE SÃO PAULO

Manoel Blecher sempre foi um apaixonado pela medicina. Desde pequeno, dizia que seria "doutor". Já com a idade avançada, não abandonou seus pacientes nem enquanto esteve doente.

Com graves problemas renais, nos últimos tempos dividia seus dias entre as sessões de hemodiálise e os atendimentos no consultório que mantinha na região central de São Paulo. Geriatra, abdicava do seu descanso para curar as dores de outros idosos.

Por todos, até mesmo pelos pacientes, era carinhosamente chamado de Mané --ou dr. Mané. Tinha como marcas a paciência e a bondade. Entre os colegas de profissão era considerado um "preciso avaliador de diagnósticos".

Paulistano, era o sétimo filho de um casal de imigrantes judeus russos fugidos da Segunda Guerra. Só deixou a cidade para cursar medicina em Curitiba, mas voltou para a terra natal após se formar.

Devido a problemas de coração, fez uma das primeiras cirurgias no país para colocação de ponte de safena. Na época, apesar de ser uma operação quase experimental, preocupava-se mais com o estado de seus familiares do que com ele mesmo.

Sentia-se realizado com a vida. Dois dias antes de morreu, disse a um amigo: "O Mané acabou". Morreu na sexta-feira (27), aos 79. Deixa a viúva, Beti, três filhos e um neto.


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