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Estudantes da USP invadem a reitoria

Reivindicando voto direto para reitor, grupo ocupou saguão durante reunião de conselho que discutia a eleição

Em assembleia, alunos decretam greve após universidade anunciar mudanças, mas manter escolha indireta

LEANDRO MACHADO DE SÃO PAULO

Cerca de 400 estudantes da USP invadiram na tarde de ontem a reitoria, na Cidade Universitária (zona oeste). Uma porta foi arrombada e as paredes internas, pichadas.

À noite, uma assembleia na frente do prédio com aproximadamente mil pessoas decidiu pela permanência do grupo no prédio por tempo indeterminado e greve geral.

Os alunos reivindicam que as eleições para reitor, previstas para o fim do mês, sejam diretas. No momento da invasão, às 15h30, o Conselho Universitário se reunia para discutir as diretrizes do pleito.

"A gente escolhe até o presidente da República, por que não podemos escolher o reitor da USP, que é pública?", disse Luísa Davola, estudante de letras e diretora do DCE (Diretório Central dos Estudantes).

Eles também reivindicavam paridade entre eleitores na escolha do reitor. Hoje, a votação ocorre por meio de colégios eleitorais, cujos representantes são, na maioria, professores titulares.

No fim da tarde, a USP divulgou mudanças nas eleições. A escolha caberá a uma Assembleia Universitária, formada pelo Conselho Universitário, por conselhos centrais (das unidades), conselhos dos institutos e museus e outros.

O processo também passou de dois turnos para turno único e haverá uma consulta em caráter apenas informativo à comunidade da USP (o que inclui alunos e funcionários).

A lista tríplice --um dos pontos de crítica dos alunos-- não sofreu alterações. Nesse sistema, os nomes dos três candidatos mais votados passam pelo Conselho Universitário, que os envia ao governador do Estado. Ou seja: cabe ele a escolha do reitor. O atual, João Grandino Rodas, era o segundo na lista de 2008.

Os manifestantes também queriam que o encontro do Conselho Universitário, do qual participava Rodas, fosse aberto ao público. A reunião era restrita aos integrantes do órgão, entre eles seis alunos.

Formado por cerca de 120 pessoas, o conselho reúne reitor, vice e pró-reitores, diretores de faculdades e outros órgãos da USP, além de representantes de entidades paulistas como a Fapesp (fundação de amparo à pesquisa) e Fiesp (federação das indústrias).

Os alunos quebraram uma porta para invadir o saguão da reitoria. Depois, usando uma placa de trânsito, tentaram arrombar outra porta para chegar à reunião. A Polícia Militar acompanhou, fora do prédio, a manifestação.


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