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Cotidiano

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Domingos Paulino da Costa (1932-2013)

Cantou ao lado do irmão na dupla Zico e Zeca

ANDRESSA TAFFAREL DE SÃO PAULO

Domingos Paulino da Costa morava na roça no interior de São Paulo, tocava viola, dançava catira e era primo dos caipiras Vieira e Vieirinha. Não teve outro jeito: ao lado de um dos irmãos, formou uma dupla sertaneja.

Quando ainda viviam em Itajobi, Domingos e Antônio eram os Irmãos Cunha, como a família era conhecida, por causa de um antepassado.

Em 1952, Mingo veio tentar a sorte em São Paulo a convite dos primos que já faziam sucesso. Logo, trouxe o parceiro. Aqui, viraram Os Filhos de Itajubá e, depois, Zico e Zeca --como fazia a segunda voz, Domingos era o Zeca.

Foram contratados pela rádio Bandeirantes e, em 54, gravaram pela Columbia o primeiro de dezenas de discos. Dois grandes sucessos da dupla, "A Caneta e a Enxada" e "Dona Jandira", ainda fazem sucesso pelo interior do país.

Domingos perdeu o companheiro em 2007, mas continuou a cantar com o sobrinho na dupla Zeca e Zico Filho.

Para ele, a vida era sinônimo de música. O mesmo valia para parte da família. Outros dois irmãos, Lincoln e Walter, seguiram a carreira artística como Liu e Léu.

Zeca dizia que não lhe agradava muito os novos sertanejos e que a qualidade da música caipira de raiz havia decaído nos últimos anos. Em junho de 91, durante um festival no interior de São Paulo, já alertava: "A moda de viola está em extinção no país".

Morreu no sábado (28), de pneumonia, aos 81 anos. Deixa a viúva, Deidi, duas filhas, dois netos e três irmãos. A missa do sétimo dia será amanhã, às 19h30, na paróquia Nossa Senhora da Candelária, Vila Maria, São Paulo.


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