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Juiz inocenta três garotos por morte de dentista queimado

Indiciados em São José dos Campos, jovens foram soltos por falta de provas; promotor pode recorrer

REYNALDO TUROLLO JR. DE SÃO PAULO

Os três adolescentes indiciados pela Polícia Civil de São José dos Campos (a 97 km de São Paulo) por suposto envolvimento na morte do dentista Alexandre Peçanha Gaddy, 41, que apareceu queimado em seu consultório em maio, foram inocentados pela Justiça por falta de provas.

A sentença, de segunda-feira, é do juiz Marco César Vasconcelos e Souza, da Vara da Infância e da Juventude.

Com a decisão, o processo contra os jovens está encerrado, se o Ministério Público não recorrer.

Duas adolescentes de 15 e 17 anos e um de 16 anos, além de dois adultos, foram apontados como responsáveis por tentativa de assalto ao consultório e morte do dentista.

A base da acusação era o depoimento da garota de 15 anos, que, diz a polícia, confessou o crime inicialmente. Os demais sempre negaram participação no crime.

Os adultos, que já estavam detidos por roubo quando foram indiciados pela morte do dentista, continuam presos à espera do julgamento.

A polícia concluiu o inquérito um mês após a morte com base só no depoimento da adolescente, sem provas técnicas. Câmeras de monitoramento próximas do local da morte, por exemplo, não flagraram ninguém entrando ou saindo do consultório.

Em juízo, a jovem mudou a versão que teria dado à polícia. Além disso, um dos jovens tinha um álibi --estava em outro lugar. O caso está sob sigilo.

Segundo Denivaldo Barni, advogado da jovem de 17 anos, os três foram liberados anteontem da Fundação Casa.

"A decisão pode influenciar o julgamento dos dois adultos", afirma o defensor, pois a prova coletada pela polícia é a mesma para todos os acusados.

Em férias, o promotor João Marcos de Paiva não foi localizado pela Folha.

Sua equipe informou que a Promotoria ainda não foi notificada e, por isso, não sabe se vai recorrer.

O delegado Osmar Henrique de Oliveira, que presidiu o inquérito no início, e o delegado seccional, Leon Nascimento Ribeiro, preferiram não se manifestar sobre a falta de provas.

Gaddy foi encontrado queimado em 27 de maio em seu consultório. Socorrido por vizinhos, chegou a ficar internado uma semana, mas não resistiu. Nada foi roubado.


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