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Cotidiano

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Santa Cecília, Vila Mariana e Brás devem ter maior aumento de IPTU

Nova regra prevê cobrar mais de quem mora no centro expandido e atenuar cobrança na periferia

No teto, reajuste médio será de 30% para imóveis residenciais, ante inflação prevista de 5,8% neste ano

DE SÃO PAULO

O prefeito Fernando Haddad (PT) propôs uma mudança no IPTU em São Paulo que, se aprovada pela Câmara, vai onerar mais quem mora no centro expandido e atenuar a cobrança na periferia.

As regiões de Santa Cecília, Brás e Sé (no centro) e Vila Mariana (zona sul) vão liderar o aumento do imposto em 2014, com reajuste médio de 30% para os imóveis residenciais --ante inflação prevista de 5,8% em 2013.

Haddad afirma que a nova fórmula de cobrança é baseada no princípio da "justiça fiscal" --quem mora em áreas mais ricas e com mais infraestrutura deve pagar mais.

Segundo especialistas do mercado, Santa Cecília teve grande aumento na procura devido aos altos preços do vizinho Higienópolis. Vila Mariana e Brás vivem um boom de lançamentos. Os três bairros se beneficiam de estarem conectados à rede de metrô.

Mas, para alguns analistas, esse não é um fenômeno restrito a essas regiões.

"Provavelmente o metro quadrado desses distritos estivesse mais defasado", diz Flávio Prando, um dos vice-presidentes do Secovi (sindicato do mercado imobiliário).

Pela proposta, a maior redução do IPTU se dará no Parque do Carmo ( zona leste), em que pode haver redução de 10%, em média.

Prando afirma que a região não perdeu valor --ele acredita que a queda se deva a "critérios sociais".

A prefeitura não comentou caso a caso. Explicou que os reajustes são maiores no centro graças a uma mudança na fórmula do IPTU. A alteração afeta principalmente o valor do metro quadrado da construção, item que compõe o cálculo do imposto.

A proposta é que a construção de uma casa de alto padrão no Alto de Pinheiros tenha um preço maior do que uma casa nos mesmos moldes no Tremembé.

O resultado é que, enquanto na chamada zona 1 (a mais central) o metro quadrado vai subir entre 70% e 90%, na zona três (a mais periférica) haverá redução entre 2% e 5%.

CENTRO

Uma das propostas de governo de Haddad é adensar o centro. Para Prando, aumentar o imposto na região central pode, no limite, desestimular essa iniciativa.

Para Renato Cymbalista, urbanista da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, trata-se de um equilíbrio: quem mora mais perto de onde há estrutura deve, mesmo, pagar mais.


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