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Ação contra pornografia infantil prende 25

Polícia Federal realizou buscas em 11 Estados; investigados utilizavam site russo de compartilhamento de fotos

Investigação iniciada há dois anos monitorou cerca de 300 pessoas, todas brasileiras e do sexo masculino

ESTELITA HASS CARAZZAI DE CURITIBA

Operação realizada pela Polícia Federal em 11 Estados contra uma rede de pornografia infantil na internet resultou em 25 prisões ontem.

Os investigados usavam como "ponto de encontro" um site russo de compartilhamento de fotos, cujo nome não foi divulgado.

Por meio do site, eram enviadas imagens de crianças nuas ou em cenas de abuso sexual. As vítimas, segundo a PF, têm entre 6 meses e 15 anos de idade.

"É chocante. Há casos em que a gente olha e se pergunta: Será que essa criança sabe falar?'. Tem até bebê de colo", afirma o delegado Flávio Palma Setti, que coordenou as investigações.

Entre os suspeitos, que não se conheciam pessoalmente, há professores, o chefe de um grupo de escoteiros, um médico, um PM e um soldado da Aeronáutica. Os nomes não foram divulgados. "São pessoas aparentemente acima de suspeita, diz o delegado.

Na maioria dos casos, os crimes eram cometidos pelo pai ou uma pessoa muito próxima da criança, como vizinhos ou amigos da família.

Alguns deles trocavam suas imagens por outras de seu interesse, "encomendando" as fotos desejadas.

A investigação, iniciada há dois anos, monitorou cerca de 300 pessoas, todas brasileiras e do sexo masculino. Duas vivem nos EUA e estão sendo investigadas pelo FBI, a pedido da Polícia Federal.

OPERAÇÃO

Ontem, a Polícia Federal realizou buscas de provas em casas e escritórios de cerca de 80 pessoas.

A ação levou à prisão em flagrante de 24 pessoas por posse de pornografia infantil, cuja pena é de até quatro anos de reclusão, e à prisão preventiva de um homem na cidade de São Paulo por suspeita de estupro de menores.

As prisões ocorreram nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Ceará.

Havia um mandado de prisão contra o suspeito de estupro de menores. Segundo a Polícia Federal, ele atraía crianças para uma casa, onde tirava fotos das vítimas e cometia os abusos.

Durante a investigação, outros dois casos de estupro de menor foram rastreados e identificados --um na Bahia e outro em Minas. Esses suspeitos foram presos antes da operação de ontem.

Quem foi preso em flagrante por posse de pornografia infantil pode ser solto mediante pagamento de fiança.

A PF vai investigar se as fotos foram compartilhadas pela internet, o que configuraria crime inafiançável, com pena de até seis anos de prisão, ou se os acusados cometeram abusos de menores.


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