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Prefeito cria 100 cargos de auditor na Controladoria
GIBA BERGAMIM JR. DE SÃO PAULOO prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), vai criar cem cargos de auditor da Controladoria Geral do Município com salário inicial próximo a R$ 13 mil.
A ampliação do departamento ocorre em meio às investigações da Máfia do ISS.
A Controladoria investiga a evolução patrimonial de algumas dezenas de servidores suspeitos de enriquecer de forma ilegal.
Hoje, há aproximadamente 80 servidores, entre concursados, cedidos pelo governo federal e de confiança, nos setores que englobam a Controladoria (ouvidoria e auditoria do município).
Os novos profissionais passarão por um curso de formação. O salário é equivalente ao de um auditor tributário.
"Nosso trabalho mal começou. O que vocês conhecem é uma fração daquilo que está sendo investigado", disse Haddad. Segundo o prefeito, há um cuidado para se fazer as investigações sem que sejam expostas pessoas que possam justificar depois o patrimônio que têm.
"Os que não justificarem responderão a processo administrativo por enriquecimento ilícito", disse Haddad.
O prefeito explicou ainda que quem não conseguir comprovar o patrimônio em relação à renda deverá ser investigado pelo Ministério Público, já que as apurações da Controladoria serão encaminhadas à Promotoria.
Haddad afirmou que a ampliação da Corregedoria criará a cultura de investigar a fundo desvios de servidores.
"As pessoas devem saudar a Controladoria, apesar dela causar desconforto. Causa para mim também, mas vale a pena em relação aos benefícios a longo prazo", disse Haddad, que anunciou o concurso ao lado do controlador geral, Mário Spinelli.
Para a criação dos cargos, será enviado um projeto à Câmara dos vereadores.
Após a aprovação, serão abertos concursos públicos para as funções, que exigirão ensino superior em áreas como engenharia e informática. A prefeitura não soube informar o custo total da nova Controladoria.
