Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Cotidiano

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

O texto abaixo contém um Erramos, clique aqui para conferir a correção na versão eletrônica da Folha de S.Paulo.

Eletrecista, negro, é confundido com homem loiro

DE SÃO PAULO

Jurandir Xavier da Cruz, 58, diz que não consegue mais trabalhar como eletricista. O trauma de ir à rua o mantém praticamente preso em casa, depois dos 18 dias que ficou em cárcere, em 2002, inclusive na virada do ano.

Na ocasião, logo depois do Natal, Jurandir procurou um posto policial. Queria se queixar da abordagem de um PM na rua, mas foi imediatamente preso: ouviu que era um procurado por homicídio.

Foi levado à delegacia, onde, diz, não teve direito sequer a um telefonema.

Nos quatro dias seguintes a família Cruz não teve notícias do paradeiro de Jurandir. "Deu um, dois, quatro dias e ninguém me visitava. Pensei: Será que acham que eu matei mesmo alguém?'".

Coube ao genro, advogado, o papel de investigador. Após encontrar Jurandir atrás das grades, ele foi a Cotia, município da Grande São Paulo de onde partiu a ordem de prisão, e notou a confusão: o RG que Jurandir havia perdido anos atrás estava sendo usado por outra pessoa.

A foto que o farsante colou no documento, porém, denunciava a diferença.

"Era um alemão, loiro. E eu sou preto."


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página