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Ex-prefeito era próximo de chefe da máfia do ISS, diz testemunha

DE SÃO PAULO

Versão apresentada por uma das testemunhas ouvidas pelo Ministério Público na investigação da máfia do ISS indica proximidade "acima do razoável" entre o ex-prefeito Gilberto Kassab e Ronilson Rodrigues, apontado como chefe do esquema.

A informação é do promotor Roberto Bodini, que atua no caso. Segundo ele, essa proximidade era tanta que Ronilson disputaria espaço com o então secretário de Finanças, Mauro Ricardo, de quem era subordinado.

"É natural que eles se relacionassem. O que a testemunha relata é que havia uma proximidade acima do razoável, se é que pode-se falar em razoabilidade", disse Bodini.

A versão da testemunha, identificada como Gama, é baseada em conversas ouvidas por ela de suspeitos de integrar a máfia --entre eles Ronilson, subsecretário da Receita na gestão Kassab.

Em nota, o ex-prefeito disse que "repudia as tentativas sórdidas de envolver, de forma contumaz, o seu nome em suspeita de irregularidades que pesem contra funcionários públicos municipais admitidos há anos por concurso, cujo objetivo escuso é única e exclusivamente atingir a sua imagem e honra".

Uma das situações que indicariam a relação próxima, segundo a testemunha, é uma reunião de Ronilson com "representantes de empresas" em um restaurante.

Lá, de acordo com a versão, ele recebeu um pedido "para que fosse abortada uma fiscalização contra determinado estabelecimento".

"Ronilson cumpriu a ordem e determinou que não houvesse a fiscalização e, por isso, gabava-se pelo fato de o prefeito ter lhe dado carta branca para a solução do problema", relata a testemunha.

Outra situação mencionada por Gama foi uma denúncia de corrupção envolvendo o funcionário, com imagens de vídeo, que chegaram às mãos do então prefeito.

Ronilson, segundo a testemunha, convenceu o ex-prefeito a não investigar o caso.

"Kassab acolheu aquela justificativa [de que eram amigos], mas determinou que Ronilson segurasse o seu pessoal, pois estamos em ano eleitoral'", relatou Gama.

Para Bodini, o ex-prefeito ainda precisa explicar a proximidade com o investigado.

"A responsabilidade do Ronilson, como corrupto, é patente. Ele tinha uma relação com o ex-prefeito. Eles que vão ter que explicar como isso ocorria", disse.


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