Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Cotidiano

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

'Roletaço' contra alta da tarifa de ônibus no Rio acaba em confronto

Cinegrafista ficou gravemente ferido após ser atingido por bomba na região da Central do Brasil

Origem do artefato é desconhecida; dentro da estação, PM lançou bombas de gás, provocando correria

LUCAS VETTORAZZO DO RIO

Um protesto na Central do Brasil contra a alta da tarifa de ônibus terminou em confronto entre manifestantes e policiais, com bombas de gás lacrimogêneo pelos corredores da estação, no centro do Rio, e nas ruas ao redor.

Desnorteados, passageiros corriam para escapar da cortina de fumaça na área de embarque. Do lado de fora, manifestantes faziam fogueiras, interrompendo o trânsito, e jogavam pedras contra PMs, que revidavam com bombas.

Um cinegrafista da Band foi ferido gravemente por uma bomba. Santiago Andrade chegou ao hospital Souza Aguiar, a 700 metros, em estado de coma. Sofreu afundamento de crânio, perdeu parte da orelha esquerda e passou por cirurgia.

Até a conclusão desta edição, não foi possível determinar se ele foi atingido por um morteiro lançado por manifestantes ou se por uma bomba de efeito moral arremessada por policiais. Outras seis pessoas foram socorridas.

Em nota, a emissora afirmou que esperava "no hospital, junto à família de Santiago, os resultados da cirurgia."

A confusão começou com a chegada de mais de mil manifestantes, pouco antes das 19h, que participavam de protesto contra o aumento da tarifa de ônibus municipais, de R$ 2,75 para R$ 3, em vigor a partir de amanhã.

A tarifa dos trens da Supervia, concessionária do serviço, não teve reajuste.

Na estação, o grupo promoveu um "roletaço", incentivando passageiros a pular as roletas e viajar sem pagar.

Inicialmente, a polícia deixou que os manifestantes passassem, mas houve tumulto com centenas de pessoas tentando pular as roletas e a polícia reagiu com bombas de gás lacrimogêneo.

Três catracas foram quebradas por mascarados que participavam do protesto, assim como um telão instalado no local pela Supervia.

O batalhão de choque da PM entrou em ação e o confronto se espalhou pelos arredores. No prédio da Central fica a sede da Secretaria de Segurança Pública do Estado; do outro lado da rua, a do Comando Militar do Leste.

Mesmo com as bombas lançadas dentro da estação, a Supervia informou que o embarque e desembarque de passageiros prosseguia.

O "roletaço" acabou pouco depois das 21h. Ao menos 28 pessoas foram detidas.

O reajuste foi anunciado no final de janeiro. A prefeitura já havia aumentado a tarifa em meados de 2013, mas voltou atrás após protestos.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página