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Detenta fica algemada por uma semana em corredor de delegacia

Caso foi registrado em Codó, no interior do Maranhão; não há cela feminina no município

Acusada de tráfico de drogas foi transferida ontem para São Luís, para a penitenciária feminina de Pedrinhas

DE SÃO PAULO

Uma mulher suspeita de tráfico de drogas ficou algemada por uma semana ao cano de uma cadeira no corredor de uma delegacia em Codó, no interior do Maranhão, por falta de cela.

A cadeia local está lotada, não tem cela feminina e, segundo a polícia, não havia vaga em outros municípios.

Depois de o caso ter sido denunciado pela imprensa, Clenubia de Souza, 28, foi transferida ontem para a penitenciária feminina de Pedrinhas, em São Luís.

Clenubia e o companheiro estavam desde o dia 20 detidos em Codó. Como não havia espaço para mulheres, ela passava parte do dia algemada e parte andando pelos corredores. À noite, dormia em um colchão no chão.

A cadeia de Codó tem apenas duas celas. Cada uma poderia abrigar dez pessoas, mas atualmente elas comportam 35 homens ao todo.

Clenubia não pôde ser transferida para a cadeia feminina de Coroatá, município próximo, porque há um ano a unidade foi destruída em um incêndio e até hoje não foi reformada.

"Pedimos vaga no presídio de Caxias e até em Pedrinhas", disse o delegado regional de Codó, Rômulo Vasconcelos. "Não podíamos soltá-la na rua ou misturá-la aos outros presos, o que seria ainda mais grave."

Há 30 dias, a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de Codó encaminhou ao governo do Maranhão ofícios informando que a cidade está sem cadeia feminina e sem unidade para abrigar adolescentes.

O governo do Maranhão informou que abrirá processo administrativo para averiguar o caso de Clenubia.

A situação prisional do Maranhão foi denunciada à OEA (Organização dos Estados Americanos) após a morte de 63 presos na penitenciária de Pedrinhas.


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