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Tucano quer fazer de Dilma sua 'sócia' na crise da água

Com pedido de transposição, tucano divide sucesso ou fracasso das ações

Petista, que enfrenta problema no setor elétrico por baixa nos reservatórios, proibiu ataques a governador

DANIELA LIMA MARINA DIAS DE SÃO PAULO

Ao trazer a presidente Dilma Rousseff (PT) e o governo federal para o centro das ações contra o desabastecimento em São Paulo, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) tenta transformar a petista em sócia na crise, para o bem e para o mal.

Aliados de Alckmin avaliam que, no momento em que ele explicita o pedido de apoio ao governo federal, passa a poder compartilhar com a presidente a responsabilidade por um eventual insucesso na empreitada.

Se não receber o aval da ANA (Agência Nacional de Águas) para a transposição das águas da bacia do rio Paraíba do Sul para o sistema Cantareira, Alckmin poderá dividir com o PT as críticas resultantes da crise hídrica.

Se a permissão vier, ganham os dois: Dilma terá sido solidária com o Estado, e o governador aparecerá como figura pró-ativa, ainda que estudos sobre o tema estivessem disponíveis há anos.

A presidente não entrou no jogo em vão. A seca nos reservatórios também é um problema para ela, que convive com suspeitas de crise no setor elétrico. Água, portanto, é assunto que ganhou contornos de crise para ambos.

Quando esteve em São Paulo, há dez dias, Dilma conversou a sós com Alckmin. Os dois dissertaram sobre os problemas nos reservatórios. No fim da conversa, Dilma disse: "Avisei ao meu pessoal para não fazer disputa política desse assunto".

A mensagem frustrou planos do pré-candidato do PT ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, considerado o principal adversário à reeleição de Alckmin. O petista chegou a dizer que faltavam sinceridade e responsabilidade ao Bandeirantes para lidar com a crise, mas foi obrigado a mudar de tom.

"O governador deve aproveitar esta oportunidade para apresentar projetos estruturantes que aumentem a capacidade de fornecimento de água", disse Padilha ontem, ao comentar o pedido de Alckmin a Dilma.

O Bandeirantes aposta no apelo ao governo federal para montar o discurso de que Alckmin está agindo tanto no curto --com o desconto para quem economiza-- como no longo prazo, já que a transposição levará mais de um ano para dar resultados.

Mas, na verdade, os governos estadual e federal estão, neste momento, focados em um ponto: a crise da água precisa ser contida até outubro, o mês das eleições.


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