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Com chegada do Exército, efetivo de segurança quintuplica na Maré

Ocupação do complexo no Rio, que começa hoje, deixará 400 militares no local durante o dia

Hoje, patrulhamento é feito por 75 policiais; operação inicial vai se concentrar em casas usadas por traficantes

MARCO ANTÔNIO MARTINS DO RIO

Moradores do Complexo da Maré, no Rio, terão agora 400 militares do Exército e da Marinha policiando suas vias 24 horas por dia.

A ocupação pelas Forças Armadas começa hoje, com a chegada de 2.500 militares da brigada paraquedista e fuzileiros navais ao complexo de favelas na zona norte.

Mas esse é o efetivo para o início da ocupação, quando é preciso percorrer toda o complexo e fazer um mapeamento. No dia seguinte, para a manutenção do trabalho, o efetivo é reduzido.

A partir de amanhã, a cada dia, 1.600 homens se revezarão em turnos de seis horas, um aumento significativo se comparado com os 300 policiais militares que se revezaram durante a semana nas 15 favelas do complexo.

Como a escala de trabalho dos policiais militares prevê turnos de 24 horas de trabalho e 72 horas de folga, na prática, havia na favela 75 PMs na favela diariamente.

Foi o que aconteceu na semana passada. No domingo, 1.180 homens das polícias civil, militar e federal, ocuparam as favelas, mas no dia seguinte o efetivo foi reduzido.

Além do general Roberto Escoto, que irá comandar a Força de Pacificação, todos os coronéis e militares irão hoje ao complexo para conhecer as área e buscar bases para a Força na comunidade.

Desde ontem, militares do Exército já faziam um levantamento na favela. Nesse primeiro momento da ocupação, as buscas vão se concentrar em casas que eram utilizadas por traficantes de drogas.

Os militares já sabem quais locais eram usados pelo traficante Marcelo dos Santos, o Menor P, preso há uma semana pela Polícia Federal.

Menor P foi paraquedista expulso do Exército e aplicava treinamento militar aos homens de sua facção.

Um guarda municipal, informante do Exército, foi assassinado pelo grupo de Menor P, no ano passado.

Ainda de acordo com informações, o armeiro da quadrilha seria um ex-fuzileiro naval. Ou seja, tiveram treinamento nas duas forças de elite que ocupam a favela.

Os 450 fuzileiros da missão foram chamados por conhecerem o complexo, que ocuparam nas eleições de 2010.

"Estamos usando toda a experiência adquirida nas ocupações anteriores. Acho que tudo será tranquilo, já que a Polícia Militar está há uma semana lá", afirmou o general José Carlos de Nardi, chefe do Estado Maior das Forças Armadas.


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