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Foco

Vereador quer dar nome de réu do massacre do Carandiru a rua

MARINA GAMA CUBAS DE SÃO PAULO

O coronel Luiz Nakaharada, oficial da PM acusado de matar cinco dos 111 presos durante o massacre do Carandiru, pode ser homenageado pela Câmara de São Paulo dando nome a uma rua de Perdizes, na zona oeste. Ele morreu em 2013.

A homenagem póstuma foi proposta pelo vereador Laércio Benko (PHS), para quem a aprovação do projeto reconhece os serviços prestados pelo policial à cidade, em especial na região noroeste, onde o policial viveu e trabalhou.

"Ele não se limitou à polícia, se preocupava com os interesses da região e defendia a questão de segurança."

O oficial não chegou a ser julgado pelos homicídios ocorridos em outubro de 1992 porque o processo foi extinto após sua morte.

Ao todo 73 PMs foram condenados pela participação no massacre do Carandiru.

Para justificar a projeto, Benko argumenta ainda que o coronel foi um "herói" no socorro às vítimas no incêndio do edifício Joelma, em 1974.

Marcos Fuchs, da ONG Conectas, diz reprovar a iniciativa. "Pode até ter sido um herói [nos incêndios], mas não foi no massacre. Ele não pactuava com os direitos humanos na sua essência", disse.

Além da rua, o coronel pode dar nome ao 4º Batalhão da PM. Segundo o deputado major Olímpio (PDT), a iniciativa vem de parte dos moradores da Lapa e deve ser apresentada na Assembleia.

Ricardo Young (PPS), vereador e integrante na Comissão da Verdade na Câmara, afirmou não concordar com ambas as propostas. "Por não saber se ele é ou não um criminoso não podemos lançar mão de qualquer homenagem porque sempre irá pairar dúvida sobre a motivação", disse ao fazer referência que o coronel não fora julgado.


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