Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Cotidiano

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Greve da PM é política, diz governo da Bahia

Governador Jaques Wagner (PT) diz que movimento é 'contaminado' por ano eleitoral e que PMs romperam negociação

Líder grevista se elegeu vereador pelo PSDB em 2012 e é pré-candidato a deputado; partido nega intenções eleitorais

JOÃO PEDRO PITOMBO DE SALVADOR CIDA ALVES DE SÃO PAULO

Na primeira manifestação pública após o início da greve da Polícia Militar da Bahia, o governador Jaques Wagner (PT) afirmou ontem que a paralisação está "contaminada" por interesses políticos.

Ele disse ser "evidente" o caráter eleitoral do movimento, deflagrado na terça.

"Esse é um ano de eleição, como coincidentemente também foi 2012 [ano da última greve]. É óbvio que houve uma contaminação político-eleitoral", afirmou.

O principal líder da greve, o ex-soldado Marco Prisco, esteve à frente da greve de 2012 e, no mesmo ano, se elegeu vereador pelo PSDB.

O movimento teve repercussão nacional pela invasão da Assembleia Legislativa por mais de 200 pessoas, entre PMs e seus familiares. O local ficou cercado pelo Exército.

Líder da invasão, Prisco se entregou um dia após o "Jornal Nacional", da TV Globo, revelar escutas telefônicas entre ele e outro líder grevista, David Salomão. Na conversa, Salomão falava em "queimar viatura" e "duas carretas" na rodovia Rio-Bahia.

O deputado estadual Capitão Tadeu (PSB), outra liderança entre os PMs, será candidato a deputado federal.

A greve de 2012 foi acompanhada de escalada na violência e afetou a popularidade de Wagner, que não conseguiu eleger seu candidato à Prefeitura de Salvador, Nelson Pelegrino (PT).

Nesta nova greve, Wagner acusa as associações dos PMs de romperem as negociações de um plano de reformulação da PM apresentado pelo governo.

"A assembleia [de terça-feira] aprovou a greve em apenas cinco minutos, sem apresentar qualquer contraproposta ao governo", afirmou.

SEM PARTIDO

A Folha não conseguiu falar com Prisco sobre as afirmações do governador.

Em nota, o presidente do PSDB na Bahia, Sérgio Passos, afirmou que a greve não é partidária e que se deve à "falta de sensibilidade do governador" em atender as reivindicações da categoria.

"Com 11 meses em negociação, este governo foi incapaz de evitar essa situação", afirma na nota. Segundo Passos, a prova do apartidarismo do movimento é a adesão de seis associações vinculadas à PM.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página