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De olho nos turistas da Copa, boate espalha outdoors em rodovias de SP
GIBA BERGAMIM JR. DE SÃO PAULOO motorista segue pela rodovia e vê um outdoor bem diferente dos anúncios de restaurantes e pamonhas. A placa mostra uma mulher bronzeada, de short minúsculo e salto alto, agachada em frente a um homem de chuteiras e com um calção abaixado.
A imagem, que sugere sexo oral, convida o motorista a visitar o Bahamas Club, boate em Moema (zona sul) frequentada por prostitutas. O dono, Oscar Maroni, responde a processo por suspeita de incentivar a prostituição.
Ele não é o único no ramo de olho na Copa. No centro de São Paulo, prostíbulos já fazem promoções para atrair turistas. Segundo funcionários, estão também contratando profissionais que falem inglês. Dólares e euros são aceitos e bem-vindos
O Bahamas ficou fechado de 2007 até setembro passado por irregularidades --além de atuar sem alvará, segundo a prefeitura, Maroni foi acusado de explorar a prostituição. Ele nega.
Ao custo de R$ 35 mil por um mês, os painéis estão em cinco rodovias paulistas.
Maroni --cuja foto está no outdoor-- travou um embate com o então prefeito Gilberto Kassab (PSD), que mandou fechar a boate.
O outdoor é uma reedição de outros das décadas de 1990 e 2000, que visavam o público do GP Brasil de F-1 --naquela época não havia a Lei Cidade Limpa, instituída por Kassab, que baniu os outdoors da capital.