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'Torturam muito ele', diz mulher de policial morto

DE SÃO PAULO

A costureira Alessandra Cardoso Atencio, 43, recebeu em 28 de abril de 2012 a notícia mais triste de sua vida: "pegaram o Elias".

Elias Barbosa dos Santos, então com 38 anos, era o homem por quem havia se apaixonado em 1995, ainda como vendedor de asfalto, pouco antes de ele realizar o sonho de se tornar policial militar.

Alessandra torcia para que a frase "pegaram o Elias" nunca chegasse, embora fosse avisada pelo marido. "Ele dizia: Vão me matar, mas antes de pegarem minha arma, levo um bocado de gente'".

Elias não conseguiu seguir o plano. O policial, de folga, entrou num bar onde ocorria reunião do PCC. Um dos integrantes do grupo percebeu a arma de Elias e preparou um grupo para o bote. O soldado foi rendido quando tentava voltar para o carro.

Há indícios de que chegou a ser arrastado por um carro pela rua, em Itaquaquecetuba (Grande São Paulo). "Depois, foram pegando outros PMs", disse Alessandra.

"Torturam muito ele antes de matar. Deixaram só a cabeça para fora do buraco onde enterraram."

O principal suspeito do crime, Anderson Minhano, 31, foi morto por policiais da Rota. A investigação da Polícia Civil apontou que foi ele quem determinou a morte.

A costureira tenta receber a indenização para se mudar para outra cidade. "A gente tem medo, porque continuamos sendo vistos como família de polícia. Quando meu filho sai, eu não durmo".

O governo afirmou que analisa o pedido.


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