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Novo Cumbica começa com atraso de mala

Passageiros demoraram ontem mais de uma hora para receber bagagem, no início da operação do terminal 3

Companhias prometem resolver situação rapidamente; apesar do problema, usuários elogiaram o local

RICARDO GALLO DE SÃO PAULO

Uma mesa com doces, salgados, sucos, café e vinho espumante recepcionava os primeiros passageiros a desembarcar no terminal 3 do aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (Grande SP), aberto na manhã de ontem.

Mas a gentileza logo ficou em segundo plano quando um problema recorrente dos aeroportos brasileiros apareceu: a demora para chegada das bagagens à esteira.

Segundo a concessionária GRU Airport, administradora de Cumbica, a falha ocorreu em dois dos quatro voos que pararam no novo terminal: da Lufthansa, de Frankfurt, e outro da TAP, de Lisboa.

"Demorei uma hora e cinco entre o avião pousar, pegar minha bagagem na esteira e sair. O terminal é novo, mas o problema é velho", disse a advogada Christy Lopes, 34, passageira do voo da Lufthansa, o primeiro a desembarcar no terminal 3.

Já as malas de Madá Ceccato, 65, funcionária do Metrô, demoraram 40 minutos.

O padrão aceitável é que as bagagens levem entre 18 e 35 minutos do avião à esteira.

O problema, diz a concessionária, se deu no transporte de bagagens do porão do avião até as esteiras. Chamado de "handling", esse serviço é atribuição das companhias aéreas. No caso da Lufthansa e da TAP, foi feito por uma terceirizada, a Orbital.

Lufthansa e TAP lamentaram o problema e disseram que haverá uma solução rápida. A TAP afirmou que o problema ocorreu devido à adaptação da equipe ao novo terminal. A Folha não conseguiu contato com a Orbital.

Já o sinal de celular oscilou no terminal; ainda faltam ajustes das operadoras, disse a GRU Airport. A internet sem fio, gratuita, funcionou.

A despeito dos problemas, os passageiros elogiaram o local, mais amplo e moderno do que os terminais 1 e 2. "Esse terminal não fica nada a dever para os da Europa", disse a bióloga Luciana Montenegro, 35. "Os outros terminais são ultrapassados e escuros. Esse aqui é melhor. Parabéns", disse o executivo japonês Yoichiro Nomura, 65.

HÁBITO

Um dos principais conceitos do terminal 3 esbarrou em um hábito brasileiro. Tal qual em terminais europeus, as áreas públicas não têm bancos; a ideia é desestimular a permanência do passageiro ali, para que ele faça o check-in rapidamente e vá para a área de embarque, onde há centenas de assentos.

Só que, aqui, é costume levar familiares para se despedir no aeroporto ou para recepcionar parentes.

Como não havia assentos na área pública, as pessoas se sentavam no chão, encostavam nas paredes de vidro ou, resignadas, esperavam em pé, como a oficial de Justiça Eliete Neves, que foi com um grupo de 30 pessoas esperar a mãe dela, Kazue, vinda da Estônia, via Frankfurt. "Está faltando banco", disse.

A GRU Airport avaliará essas áreas nos próximos dias para decidir o que fazer. Instalar assentos no saguão não está descartado.


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