Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Cotidiano

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

MTST fez protestos em 30 dias de 2014

Número se refere a atos do movimento sem-teto em São Paulo, sem contar invasões; sociólogos comparam grupo ao MST

Reivindicações vão de habitação à telefonia; líder dos sem-teto nega ter havido mudança em foco do movimento

HELOISA BRENHA REYNALDO TUROLO JR. DE SÃO PAULO

Se ocorressem em dias consecutivos, as manifestações do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) em São Paulo já teriam durado um mês inteiro só neste ano.

Em seis meses e meio, a cidade teve ao menos 30 dias com atos do grupo, sem considerar que um deles durou uma semana --quando centenas de sem-teto acamparam em frente à Câmara pela aprovação do Plano Diretor.

Em quase todos houve bloqueios totais ou parciais de vias --ontem (16/07), ocuparam a av. Giovanni Gronchi, no Morumbi, por exemplo.

E, além de serem recebidos pela presidente Dilma Rousseff (PT), pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) e pelo prefeito Fernando Haddad (PT), conseguiram a aprovação do Plano Diretor na Câmara --que prevê mais áreas para habitação popular.

Alguns dias tiveram inclusive mais de uma manifestação --como ontem, quando o grupo protestou, de manhã, contra a má qualidade da telefonia móvel e, de tarde, contra a reintegração de posse de área invadida na zona oeste.

Neste ano, o grupo também integrou manifestações em apoio ao MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) e às greves dos metroviários e de funcionários da USP.

O coordenador do MTST Guilherme Boulos nega que a diversificação de pautas mude o foco. "Sempre defendemos reforma urbana, serviços de qualidade e ampliação de direitos sociais."

Sociólogos ouvidos pela Folha avaliam que o movimento concentrou bandeiras das manifestações de junho de 2013 e que concorre para ser um tipo de MST urbano.

"O MTST caminha para uma estrutura organizativa forte como a dos sem-terra, englobando demandas gerais da sociedade, como o acesso aos serviços", diz o professor da Unesp Antonio Mazzeo.

Lucio Flavio de Almeida, docente da PUC-SP, também vê semelhanças entre os movimentos. "Como no Brasil os serviços funcionam de modo precário, é compreensível que os trabalhadores ampliem seu leque de lutas. Sem celular, até a mobilização fica difícil."


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página