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Polícia procurou escola de filhos para achar ex-médico

FERNANDA ODILLA DE BRASÍLIA

A Polícia Federal fez uma busca pelos dois filhos mais novos do ex-médico Roger Abdelmassih, 70, para conseguir achá-lo no Paraguai.

Após receber dicas de que ele estava foragido naquele país, policiais fizeram uma busca em escolas infantis de alto padrão por gêmeos que fazem aniversário em agosto --assim como os filhos dele.

Depois de visitar vários estabelecimentos na segunda-feira (11) em Assunção, policiais brasileiros identificaram, com a ajuda de agentes da Secretaria Antidrogas paraguaia, uma escola que classificaram como "suspeita". Havia crianças gêmeas matriculadas comemorando aniversário naquela semana.

O próximo passo foi checar o endereço das crianças. Ao visualizarem uma luxuosa Mercedes 350 preta na garagem de uma rua de um bairro nobre da capital paraguaia, aumentaram as suspeitas de que o ex-médico vivia naquela casa. A PF sabia que Abdelmassih é um aficionado por Mercedes pretas.

No dia seguinte, os policiais federais visualizaram o ex-médico e confirmaram que ele vivia naquele endereço.

CAMPANA

Demorou uma semana até a polícia encontrar uma solução jurídica para abordar e deter Abdelmassih. A saída foi investir na deportação por ele estar vivendo de forma ilegal na capital paraguaia.

A PF descobriu que ele deixou a capital paulista em 2011. Passou um tempo em Presidente Prudente (SP), para organizar a fuga. De lá, seguiu de carro para Foz do Iguaçu (PR), onde atravessou a fronteira e foi para Assunção. Nunca comunicou as autoridades paraguaias que residiria no país.

Tão logo o Paraguai autorizou deter o ex-médico, a polícia foi para a porta da casa dele fazer campana. Estavam disfarçados porque queriam abordá-lo na rua. Contudo, ele não saiu de casa na última segunda-feira (18).

No dia seguinte, foi com a mulher levar os filhos até a escola. A polícia abordou o casal na saída da escola. O ex-médico se irritou com aquelas pessoas que o cercaram e seguraram seu braço. Após se identificarem, os policiais o detiveram. Ele não deu nome falso, não inventou histórias nem reagiu à prisão, feita por policiais paraguaios.

No caminho para Foz, onde passou a noite de terça-feira (19), e no voo até São Paulo, Abdelmassih demonstrou muita preocupação com os filhos e com a mulher, que ficaram no Paraguai, de acordo com os policiais. Chorou todas as vezes que falou sobre os gêmeos.


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