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SP diverge de agência sobre uso de água do Cantareira

Órgão regulador paulista contradiz agência federal

DE SÃO PAULO DE BRASÍLIA

Ligada ao governo federal, a ANA (Agência Nacional de Águas) manifestou-se em nome do grupo anticrise do sistema Cantareira nesta sexta (29), gerando controvérsia com o governo de São Paulo.

Em nota divulgada em seu site, a agência disse que ela e o Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica), ligado ao governo paulista, "acordaram" diminuir a quantidade de água que a Sabesp pode retirar do sistema Cantareira para a Grande SP.

Segundo a nota, a estatal teria de reduzir a captação duas vezes no próximo bimestre: a partir de 30 de setembro, de 19.700 para 18.100 litros por segundo; e, a partir de 31 de outubro, para 17.100 litros.

Com as reduções, o sistema Cantareira deixaria de fornecer 2.600 litros por segundo à região metropolitana --água suficiente para abastecer cerca de 780 mil pessoas.

Já o volume de água enviado para os rios que abastecem a região de Campinas, de acordo com a nota, seria mantido em 3.000 l/s, podendo chegar a 4.000 l/s, se necessário.

A decisão não foi formalizada em comunicado oficial, como ocorreu quinzenalmente entre fevereiro e junho. Segundo a ANA, o comunicado seria publicado em 3 de setembro, após reunião do grupo.

Em nota, a Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos do Estado rebateu ontem (29/8) à noite as informações divulgadas pela agência.

"Não foi determinada nenhuma redução da vazão do sistema Cantareira no dia 21 de agosto. Não houve acordo ou decisão sobre o tema", afirmou a pasta.

Procuradas, nem a secretaria nem a ANA explicaram o porquê da divergência.

Desde o início do ano, o grupo anticrise determinou sucessivas reduções na captação do sistema Cantareira, que impactaram sua produção de água. De fevereiro a junho, quando houve a última resolução do grupo anticrise, a queda na produção foi equivalente a um rodízio de 3 dias sem água para cada 1,5 com na Grande SP, onde abastece até 9 milhões de pessoas.

Nesta sexta (29), o sistema tinha apenas 11,3% da água que é capaz de guardar.


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