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16 PMs são presos no Rio sob suspeita de raptar traficantes

Comandante de batalhão recebeu R$ 40 mil, segundo delegado; advogado não foi localizado para se manifestar sobre acusação

MARCO ANTÔNIO MARTINS DO RIO

Dezesseis policiais militares do Rio, entre eles o comandante de um batalhão, foram presos nesta quinta-feira (9) sob suspeita de sequestrar e extorquir traficantes.

Eles são suspeitos de exigir R$ 300 mil para libertar dois criminosos em 16 de março.

O tenente-coronel Dayzer Corpas, comandante do 17° BPM (Ilha do Governador), ao qual pertencem todos os PMs, é acusado de ter recebido R$ 40 mil desse total, segundo o delegado Fábio Galvão.

A polícia acredita ainda que a unidade recebia R$ 100 mil por mês de traficantes da facção Terceiro Comando.

A Folha não localizou o advogado de Corpas. O Comando da PM não foi avisado sobre a operação.

O secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, afirma que a ação não representa uma "caça às bruxas" na corporação.

Nos últimos dias, policiais têm procurado a secretaria para depor sobre irregularidades em batalhões.

A prática começou em setembro com a prisão do coronel Alexandre Fontenelle e de mais 25 PMs, acusados de receber propinas de motoristas e comerciantes.

A prisão de Fontenelle iniciou uma crise entre o comando da PM e o secretário. Até se cogitou que o comandante-geral, o coronel Luís Castro, se demitiria. Com a prisão de Corpas, o assunto voltou à tona. O tenente-coronel foi colega de turma de Castro na PM.

A Secretaria de Segurança investigava a ação de traficantes na Ilha do Governador quando se deparou com a ação dos PMs.

Em 16 de março, os PMs abordaram um carro no bairro. Ao confirmarem que em seu interior havia criminosos, iniciaram a negociação.

Dos quatro fuzis encontrados, só um foi levado à delegacia, segundo a investigação.

Alguns PMs foram para a delegacia apresentar a ocorrência. Outros foram negociar a libertação dos criminosos.


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