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Medo e boatos se espalham e mudam rotina de bairros em SP

EMILIO SANT’ANNA LEANDRO MACHADO DE SÃO PAULO

Uma onda de boatos sobre ataques e toques de recolher decretados pela facção criminosa PCC se espalhou ontem pela cidade, da zona leste até o centro -onde algumas turmas de direito do Mackenzie foram liberadas das aulas.

"Fomos liberados pelo professor por causa da informação de que haveria um ataque", diz uma aluna do 4º ano.

Segundo a universidade, não houve dispensa e as aulas do período noturno deveriam ocorrer normalmente.

Em todos os casos a boataria teve a mesma origem: alguém ouviu falar que foi decretado toque de recolher.

Em São Mateus, os alunos da escola estadual Wilfredo Pinheiro foram para casa mais cedo na noite de terça.

"A escola ligou e avisou que meus dois sobrinhos iriam para casa por causa do toque de recolher", diz uma dona de casa, que pede para não se identificar.

A região concentra 22 das 43 mortes registradas na capital desde o início da onda de violência há uma semana.

Na escola estadual Fazenda do Carmo 3, em Itaquera, os estudantes também foram liberados mais cedo.

Na segunda à noite, alunos da Uniban na Vila Formosa, não tiveram aula. "Quando cheguei, todo mundo falava do toque de recolher", diz Gabriele Garcia, 20, aluna de direito.

A universidade diz que alertou os alunos sobre os boatos, mas seguiu a orientação da Polícia Militar e as aulas continuaram normalmente.

Segundo o correspondente do blog Mural, da Folha, Cleber Silva, 31, o ônibus que liga o shopping Center Norte ao Jardim Damasceno, na zona norte, não chegou ao ponto final na segunda à noite. "Um fiscal disse que o ônibus iria só até a entrada do bairro."

De acordo com a Secretaria da Educação do Estado, as escolas estão orientadas a funcionar normalmente.

O secretário da Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto, afirmou ontem que não há toque de recolher decretado por criminosos.


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