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Secretário quer assassinos de PM em presídio federal

Ferreira Pinto diz que proposta será discutida com a União; ontem, mais um policial militar foi assassinado

Estado e governo federal vão discutir ações de inteligência entre as polícias, a Receita Federal e a Abin

Vanessa Carvalho/Brazil Photo Press/Folhapress
Policiais militares participam de cerimônia anual no cemitério do Araçá, na zona oeste de São Paulo, para homenagear colegas de profissão mortos
Policiais militares participam de cerimônia anual no cemitério do Araçá, na zona oeste de São Paulo, para homenagear colegas de profissão mortos
DE SÃO PAULO DE BRASÍLIA

O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Antonio Ferreira Pinto, quer mandar assassinos de policiais para uma das quatro penitenciárias federais do país.

Na noite de anteontem, ao visitar um batalhão da Polícia Militar no Campo Limpo (zona sul), ele disse que a proposta será discutida com a União. "Com essas mortes de PMs, temos de dar uma resposta mais enérgica."

Até o fim de outubro, 169 suspeitos de envolvimento nas mortes de PMs tinham sido identificados. Desses, 129 foram presos, 20 morreram em confrontos com a polícia e outros 20 estão foragidos.

Entre os detidos está Antônio Cesário da Silva, o Piauí. Ele é considerado o chefe da facção PCC na favela Paraisópolis e é investigado por mandar matar seis policiais. Deve ser um dos primeiros a ir para uma prisão federal.

Ontem, no dia em que a PM homenageou policiais mortos, mais um membro da corporação foi assassinado. Já são 91 PMs mortos desde o início do ano.

NOVO DISCURSO

Ontem, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) negou que as conversas com a União sejam um reconhecimento ao poder do crime organizado.

Depois que ele e a presidente Dilma Rousseff (PT) entraram em um acordo sobre ajuda federal para o Estado, Ferreira Pinto e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, suspenderam a troca de acusações por conta da escalada da violência no Estado.

Ferreira Pinto chegou a afirmar que havia um oportunismo por parte de Cardozo ao dizer que o Estado não aceitou ajuda federal. Agora, disse que a questão está superada e que um grupo de trabalho será montado na semana que vem para discutir o tema.

Já Cardozo disse que não há uma estratégia "pré-definida". "Temos um conjunto de propostas que faremos em comum acordo com o governo de São Paulo. Ver o que aceitam e não aceitam, é uma parceria."

A ideia é envolver ações de inteligência entre as polícias (Federal, Militar e Civil), a Receita Federal e a Abin (Agência Brasileira de Inteligência).

Para ele, a situação em São Paulo é diferente da no Rio em 2010, quando o Exército ocupou favelas."O Rio tinha regiões fisicamente comandadas pelo tráfico. São Paulo tem situação mais difusa."


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