Folha de S.Paulo

Em mais um dia violento, policial e outros 8 morrem

DO “AGORA”

O cabo da Polícia Militar Marcos Volnei Zacarias Pilatti, 42, foi morto a tiros ontem em São Bernardo do Campo (Grande São Paulo), elevando para 91 o número de PMs assassinados no Estado.

Outras oito pessoas morreram na região netropolitana de São Paulo entre a noite de anteontem e a tarde de ontem. Segundo a polícia, três delas foram baleadas durante trocas de tiros com PMs.

Pilatti foi morto com três tiros por volta das 6h20, na avenida Samuel Aizemberg. A polícia investiga as circunstâncias do crime.

"Registrei o caso como latrocínio. Ladrões chegaram a roubar a moto do PM. Andaram uns 50 metros com ela e só não levaram porque o bloqueador e o alarme foram ativados", afirmou o delegado Rodrigo Borges Petrilli.

O tenente-coronel Mauro Ricciarelli, comandante do 40º Batalhão, onde Pilatti era lotado, tem a mesma opinião.

"Ele estava fardado e com colete à prova de bala. Mas usava capacete e capa de chuva que cobria até as botas. Os ladrões, quando se aproximaram, desconfiaram que era um PM e atiraram", disse.

Morador de Praia Grande (litoral de São Paulo), Pilatti fazia o mesmo trajeto todos os dias para chegar ao trabalho, em São Bernardo.

Os ladrões, segundo a polícia, se aproximaram em outra moto. O PM foi baleado três vezes -no rosto, no pescoço e de raspão no peito.

Uma câmera de segurança da farmácia filmou a aproximação dos criminosos, que fugiram. Segundo a polícia, as imagens não são nítidas.

"Ele tinha ficha limpa. Estava na PM havia 20 anos. Era casado e tinha uma filha de 20 anos", disse o tenente-coronel Ricciarelli.

MAIS MORTES

Em outro caso, um homem foi morto em Caieiras (Grande São Paulo). Na zona oeste, dois morreram no Jardim Arpoador e no Jardim Guaraú. Na zona leste, houve uma vítima na Vila Prudente, outra no Belém e uma, com 17 tiros, em Cidade Tiradentes.

Na zona sul, um homem morreu em Parelheiros. Outra morte foi em Carapicuíba. Nenhum suspeito pelos crimes foi preso.