Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Cotidiano

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

'Bonitão' e teatral, defensor convence júri

Malavasi alternou berros e sussurros

DE SÃO PAULO

Silencioso na maior parte dos três dias de julgamento, Eugênio Malavasi, 43, contratado pela família de Carla Cepollina para defendê-la, roubou a cena ontem durante o debate final com a acusação.

Considerado "bonitão" pela ala feminina da plateia, ele dividiu as 3 horas e 30 minutos de argumentação com a mãe de Carla, a advogada Liliana Prinzivalli, que desconcentrou-se muitas vezes.

Coube a Malavasi trazer as dúvidas que fizeram os jurados absolver Carla, como a do horário da morte do coronel.

O advogado adotou um discurso enfático e teatral, que alternava berros e sussurros, como um pastor em pregação. Ao fim, pediu ao júri que não condenasse Carla se houvesse dúvidas da autoria.

A estratégia deu certo e desestabilizou os acusadores, que o interrompiam irritados durante a argumentação.

Malavasi diz já ter feito mais de 600 júris. Mas não sabe precisar quantos ganhou.

Formado em 1993 pela extinta Universidade Santa Cecília dos Bandeirantes, de Santos, foi professor de direito em três universidades da cidade. Foi dessa forma, diz ele, que treinou a oratória usada nos julgamentos.

No terceiro casamento, celebrado há dois anos com uma bacharel em direito, o advogado tem um filho biológico de 11 anos e quatro enteados, com idades que variam de cinco a 12 anos.

No feriado de Finados, véspera do julgamento, o filho foi para a casa da ex-mulher e os enteados para a do pai. Foi assim que conseguiu se concentrar na preparação que antecedeu o julgamento.

"Agora só quero ir para casa, em Santos, tomar um banho e descansar", desabafou à Folha após a sentença.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página