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Sindicato orienta agente prisional a portar arma

DE SÃO PAULO

O Sindicato dos Agentes Penitenciários de São Paulo passou a orientar os trabalhadores do sistema prisional a andarem armados para evitar que sejam vítimas de crimes.

A sugestão foi feita porque o sindicato teme um acirramento da onda de violência contra esses profissionais devido à transferência de presos da facção PCC para penitenciárias federais e para o regime disciplinar diferenciado.

Neste ano, ao menos 19 agentes penitenciários foram mortos. Segundo o sindicato, sete desses crimes tiveram características de ataque encomendado pela facção.

"Nesta semana um delegado só sobreviveu a um ataque porque ele estava armado, reagiu e matou um bandido. Essa é uma das saídas para nós", afirmou o presidente do sindicato Daniel Grandolfo.

Conforme dados do sindicato, 20% dos 30 mil agentes paulistas portam já arma de fogo. Eles têm direito a andar armados desde que passem por teste de aptidão psicológica e comprovem a capacidade técnica para o manuseio.

O governo paulista disse ser contra os agentes usarem armas e que eles, assim como outros cidadãos, devem ser protegidos pelas polícias.

PEDIDOS

Ontem, os agentes se reuniram com o governador Geraldo Alckmin (PSDB) para discutir ao menos dois assuntos: a automatização das penitenciárias (travas automáticas nas celas) e o aumento do valor do seguro de vida.

Conforme a Secretaria de Administração Penitenciária, estão sendo feitos testes em duas unidades do interior para a implantação desse sistema.

"Hoje, o contato do agente com o preso na hora do banho de sol é direto, o que nos deixa expostos. Qualquer um pode ser feito refém na hora em que vai abrir as celas. Se a abertura das celas fosse automático, controlado à distância, correríamos menos riscos", disse.

Sobre o valor do seguro, o governador informou aos agentes que nos casos em que eles forem vítimas de homicídios, seus familiares receberão o valor de R$ 200 mil, o dobro do que é pago hoje. O mesmo ocorrerá para policiais militares.

O secretário de Administração Penitenciária, Lourival Gomes, chefe dos agentes, não participou do encontro com Alckmin por "incompatibilidade de agenda", segundo a assessoria da pasta.


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