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Vanderlei Marcante (1949-2012)

As campanhas de um jornalista

ESTÊVÃO BERTONI DE SÃO PAULO

Vanderlei Marcante batia escanteio e corria para cabecear, o que, na área dele (jornalismo), significava que ia para a rua, escrevia e imprimia o próprio jornal, em Ourinhos (a 378 km de São Paulo).

Em sua cidade, ficou conhecido por ser uma figura polêmica, de opiniões fortes, principalmente quando falava de política, e pelas campanhas que promovia para ajudar a população mais pobre.

O primeiro trabalho que teve foi como gráfico. Passou por publicações como o "Jornal da Divisa", no qual foi o responsável pela primeira impressão em cores de Ourinhos, e pelo "Jornal do Vale".

Por discordar de muita coisa, decidiu ter o próprio jornal -embora repetisse que não era jornalista e que tinha feito só os quatro primeiros anos do ensino fundamental.

Primeiro, nos anos 70, manteve o panfleto "Tá Na Rua". Em 1993, abriu o "Jornal do Povo", que foi semanal, passou a quinzenal e acabou não tendo periodicidade. Hoje, só existe na internet.

As mais conhecidas campanhas que fez foram em prol de um menino que ficou tetraplégico após uma cirurgia malsucedida (o sítio onde o garoto morava ganhou até luz após a divulgação) e para ajudar um cortador de cana que se queimou no canavial (o caso foi parar na televisão).

Em 2000, com 548 votos, elegeu-se vereador pelo PV. Tentou, sem sucesso, a reeleição, pelo PSB, mas teve só 120 votos. A mulher, Laudicéia, conta que, da segunda vez, o marido, desgostoso da política, não fez campanha.

Fumava muito. Morreu na terça (13), aos 63, de uma doença pulmonar obstrutiva crônica. Teve duas filhas.

coluna.obituario@uol.com.br


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