Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Cotidiano

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Testemunha aponta nome de outro suspeito de matar Eliza

Depoimento em Contagem revela que policial civil pode estar diretamente envolvido no crime

Em mais um dia tumultuado, banco dos réus tem outro desfalque e um advogado é destituído

ROGÉRIO PAGNAN PAULO PEIXOTO ENVIADOS ESPECIAIS A CONTAGEM (MG)

A última testemunha ouvida ontem no julgamento dos acusados pela morte de Eliza Samudio, em Contagem (MG), revelou o nome de mais um suspeito: o policial José Lauriano de Assis Filho, o Zezé.

A participação de Zezé foi relatada no depoimento do preso Jaílson de Oliveira. Ele disse que Zezé ajudou o ex-polical Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, a matar Eliza e deu detalhes da vida do goleiro Bruno Fernandes e de seus colegas que a Promotoria considerou convincentes.

Com isso, dois anos após o crime, o Ministério Público poderá denunciá-lo pelo assassinato de Eliza.

"Zezé era suspeito desde o início das investigações. Mas naquele momento os indícios não eram satisfatórios para justificar um processo penal. Tínhamos dados objetivos, mas não tínhamos nenhuma prova oral que alinhasse tudo", afirmou o promotor Henry Wagner Castro.

Conforme a Folha revelou no último domingo, a participação de Zezé era um dos buracos na investigação.

A reportagem mostrou que foram desprezados 37 telefonemas trocados entre Zezé e Luiz Henrique Romão, o Macarrão, a ex-mulher de Bruno, Dayanne Souza, e Bola.

Na noite de 10 de junho, por volta das 22h e 23h, horário que Eliza pode ter sido morta, Zezé trocou três ligações com Bola. Também se encontrou com o ex-policial.

Zezé não foi localizado na noite de ontem.

RESTAM TRÊS

O julgamento teve outro dia tumultuado ontem. Dos cinco acusados que iniciaram o júri, restam três. A ex-mulher de Bruno, Dayanne, teve seu julgamento desmembrado, assim como Bola.

No início da sessão, o goleiro Bruno destituiu seu principal advogado. "Por estar me sentindo inseguro, estou desistindo do doutor Rui Pimenta", afirmou.

Bruno também pediu a destituição do assistente de Pimenta, Francisco Simim, argumentando que ele já defendia sua ex-mulher e, por isso, não se dedicaria exclusivamente a sua defesa.

A Promotoria pediu à juíza Marixa Rodrigues que Dayanne ficasse sem o advogado, já que o ex-jogador tem prioridade por ser réu preso.

A magistrada aceitou e decidiu pelo desmembramento do julgamento de Dayanne. Nova data será marcada.

Também na sessão de ontem, a juíza fixou multa de R$ 18.660 a cada um dos três advogados de Bola que abandonaram o julgamento anteontem por discordarem do tempo de 30 minutos para apresentar argumentos sobre possíveis falhas no processo.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página