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Saída de defensor é risco alto, diz advogado

MARIANA DESIDÉRIO DE SÃO PAULO

O pedido do goleiro Bruno para destituir seus advogados em meio ao júri pode ser interpretado como uma tentativa de adiar seu julgamento, mas traz um risco alto.

Para Otávio Augusto Rossi Vieira, conselheiro da OAB-SP, a estratégia é prejudicial para o goleiro.

Segundo ele, a destituição do advogado durante a audiência, diante dos jurados, pode fazer com que Bruno caia em descrédito com eles. "É um risco muito alto. O jurado pode entender que é uma estratégia da defesa [para prolongar o julgamento] e concluir que houve crime."

Por outro lado, se fosse julgado em outro momento, o goleiro poderia torcer para que, na nova data, o caso tivesse menos repercussão na sociedade. A opinião é de Fernando José da Costa, também conselheiro e presidente da comissão de direito criminal da OAB.

"É uma estratégia comum em casos de repercussão. Quanto mais tempo, menos comoção social. Eventualmente outros casos de repercussão aparecem e isso torna o caso menos importante", afirma o advogado.

Já o presidente da AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros), Henrique Nelson Calandra, defende que postergar o julgamento poderia ser ruim para o goleiro.

"Só vai demorar mais ainda para a apreciação da tese da defesa", afirma.

RÉUS FAVORECIDOS

Especialistas concordam, no entanto, que o desmembramento do julgamento do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, apontado como autor do homicídio de Eliza Samudio, é positivo tanto para o goleiro quanto para o ex-policial.

Seus advogados abandonaram o júri no primeiro dia e ele será julgado em outra data.

Fernando da Costa diz que, se Bruno fosse julgado com Bola, os pontos discutidos nas audiências poderiam impressionar mais os jurados.

É o caso de detalhes como a suspeita de que o corpo de Eliza tenha sido devorado por cães do ex-policial.

"Já para o executor [Bola], é positivo não ser julgado com o mandante quando este é uma pessoa famosa, que chama a mídia para o caso [com menor exposição na mídia, o julgamento resultaria em menor comoção popular]."

Acompanhe o julgamento

folha.com/123211


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