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Estado quer privatizar área de parque para instalação de hotel

Intenção do governo é ocupar trecho também com um centro de convenções e um pavilhão

Área verde será preservada, segundo o projeto oficial, mas ambientalistas veem projeto com ressalvas

DE SÃO PAULO

Um projeto do governo estadual prevê conceder à iniciativa privada parte da área do Parque Estadual Fontes do Ipiranga (zona sul da cidade).

A intenção é erguer um centro de convenções, um hotel e um pavilhão no local, também conhecido como Parque do Estado, para ampliar o Centro de Exposições Imigrantes e atrair mais feiras de negócios a São Paulo.

O investimento previsto é de cerca de R$ 320 milhões.

O primeiro passo para tirar o projeto do papel foi dado em outubro, quando o governador Geraldo Alckmin (PSDB) enviou o projeto de lei à Assembleia Legislativa.

A proposta prevê que para a concessão acontecer 15% do parque deixe de ser parque -835 mil m². O argumento é que a mata na região já está descaracterizada.

Segundo o projeto do governo, a fatia específica para a expansão do centro de convenções e para as construções será de 385 mil m².

A área total do parque estadual é de 5,26 milhões de m² (três parques Ibirapuera).

O texto deve ser votado ainda neste ano ou no início de 2013. Se o projeto for aprovado, o Estado fará licitação para contratar um novo administrador para a área.

POLÊMICA

A avaliação das secretarias de Estado do Meio Ambiente e de Planejamento é que a área em questão já foi descaracterizada com o tempo.

Aí começa a polêmica: ambientalistas criticam o texto por entender que haverá "um retrocesso nas políticas de preservação e conservação". Quinze entidades assinam manifesto contra a proposta, entre elas a Fundação SOS Mata Atlântica; a agência ambiental Pick-upau é a entidade a encabeçar o documento.

Com a diminuição do tamanho do parque, e com mais pessoas e carros circulando pela região, pode haver maior pressão sobre a área verde ainda intacta, na visão dos ambientalistas.

O governo nega que isso vá ocorrer e informou que destinará R$ 26 milhões para compensações ambientais.

O parque engloba o Zoológico de São Paulo e o Jardim Botânico, que não serão afetados. Além disso, há outros fragmentos de mata atlântica preservados na área.

Pelo projeto, a sede da Secretaria de Estado da Agricultura e um pavilhão de exposições serão reformados.

Parte do prédio da secretaria será convertida em um hotel com 250 quartos. O prédio foi construído após um concurso de arquitetura em 1968.

Em outra área, ficará um centro de convenções com dois auditórios.

Na quarta, às 14h, será realizada audiência na Assembleia Legislativa para debater o projeto.


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