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Roberto Regis Velludo Macedo (1937-2012)

O dono da churrascaria Rodeio

ESTÊVÃO BERTONI DE SÃO PAULO

Dia de jogo do São Paulo FC costumava ter para Roberto Regis Velludo Macedo o mesmo fim. Logo que o apito final soava, ele saía com o pai do estádio e seguia para a churrascaria Rodeio, que está no mesmo nº 1.498 da rua Haddock Lobo desde 1958.

Numa das visitas ao restaurante, recebeu com a conta a proposta de compra do local.

Em 1959, pai e filho trabalhavam com publicidade, mas decidiram fechar o negócio. Roberto, formado em administração, tocou a Rodeio desde então e foi imprimindo seu estilo ao restaurante.

Logo em 1960, o espaço aumentou. Os garçons deixaram de vestir bombachas, e o local ganhou estoque de vinhos (antes, se um cliente pedia a bebida, o garçom saía correndo para comprá-la fora). Também passou a importar carnes.

A churrascaria ficou conhecida pela picanha fatiada e por criar o arroz Rodeio (também chamado de Biro-Biro), com batata palha e ovo.

No ano passado, abriu uma filial no shopping Iguatemi.

Quando era apresentado a algum novo cliente como dono, negava. "Eu só trabalho aqui, o dono é você", dizia. Chamava os funcionários de sua família -alguns trabalham lá há mais de 30 anos.

Oito anos atrás, comprou terras no Piauí, para reflorestamento e cultivo de grãos. Segundo a família, estava animado e queria fazer três escolas na região das fazendas.

Ex-diretor de futebol do São Paulo, era conselheiro e continuava louco pelo time.

Morreu na segunda, aos 75, após uma hemorragia digestiva. Deixa viúva, quatro filhos e oito netos. A missa do 7º dia será amanhã, às 9h, na igreja N. Sra. do Brasil, em São Paulo.


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