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PF prende suspeitos de vender droga a facções

Operação cumpriu mandado contra 11 pessoas; quadrilha traficava entorpecentes vindos do Paraguai e da Bolívia

Segundo a Polícia Federal, primeiro escalão do grupo era de uma família do Paraná, que está foragida

LUIZ CARLOS DA CRUZ COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
DE CASCAVEL (PR)
MARCO ANTÔNIO MARTINS EM SÃO PAULO

Uma operação da Polícia Federal prendeu ontem 11 suspeitos de integrar uma quadrilha de tráfico de drogas com ramificações em ao menos sete Estados e fornecedora das facções criminosas PCC e Comando Vermelho.

O grupo, segundo a PF, era liderado por uma família de Cascavel (a 498 km de Curitiba), que usava fazendas como fachada e tinha patrimônio estimado em R$ 20 milhões.

A investigação chegou aos suspeitos após uma série de apreensões de drogas, iniciada em 2010. Desde então, foram apreendidos 532 quilos de cocaína e 324 quilos de crack -parte dos entorpecentes foi encomendada pelas facções, de acordo com a PF.

Almir José Pinto e seus familiares estão foragidos. A esposa, um filho, primos e cunhados formam o primeiro escalão da organização, afirma a PF. Um outro filho de Pinto está preso no Paraguai desde abril, após ser flagrado com drogas.

O grupo operava a logística de distribuição a partir do Paraguai e da Bolívia em direção a outros Estados. Dos países vizinhos chegavam maconha, cocaína e crack.

Cascavel servia como pontos de encontro para negociações entre a quadrilha e membros de facções criminosas.

PRISÕES

As prisões foram feitas no Paraná (6), Santa Catarina (2), São Paulo (2) e Pará (1), mas há indícios de que o grupo agia também no Rio de Janeiro, Espírito Santo e Bahia.

Na operação, a polícia chegou a ir ao Complexo do Alemão, no Rio, com mandado de prisão para o traficante Amilton Albano Filho. No entanto, ele não foi encontrado.

Segundo a PF, Gilmar dos Santos Arruda, preso ontem à tarde em Poá (Grande São Paulo), é integrante do PCC. Outros dez mandados de prisão não foram cumpridos. A operação apreendeu ainda máquinas agrícolas, como retroescavadoras, e cavalos.

A Folha não teve acesso aos suspeitos.

A quadrilha usava carros de luxo para o transporte de drogas, segundo a PF.

Motoristas viajavam de terno e gravata, para evitar suspeitas. Alguns foram flagrados durante fiscalizações.

"Geralmente era uma pessoa muito simples, com dificuldade de dicção", diz o delegado Fábio Simões.

Segundo a PF, os criminosos tinham fazendas no Paraná e no Paraguai, e se apresentavam como fazendeiros.


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