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Hospitais do país terão orientação padrão para atender a deficientes

O objetivo é evitar que erros tragam complicações a pessoas com lesão medular e amputações

Diretrizes são de pacote do governo, que inclui ainda normas sobre teste de deficiências auditivas em bebês

JOHANNA NUBLAT DE BRASÍLIA

As redes pública e privada de saúde vão receber uma orientação nacional sobre como atender o paciente com lesão medular e amputação.

As informações vão do pronto atendimento -como a necessidade de imobilização na hora do socorro -à reabilitação e à prevenção das complicações associadas.

Estão incluídos, por exemplo, os cuidados com a adaptação de próteses, os treinos com andadores, além da prevenção de escaras (feridas) na pele e de osteoporose.

As diretrizes fazem parte de um pacote que deverá ser lançado hoje pelo Ministério da Saúde, que ainda orientará como deve ser feita a identificação de deficiências auditivas nos recém-nascidos.

Indica, por exemplo, que o teste auditivo deve ser feito na maternidade até dois dias após o nascimento da criança ou, no máximo, no primeiro mês de vida do bebê.

Com as três medidas, a pasta estima atender diretamente 148 mil pessoas por ano.

EXPERIÊNCIA

"Vamos suprir uma lacuna que existia no SUS, e mesmo para profissionais da área privada, ao ter um documento oficial que recomende as diretrizes. [Até aqui] a conduta em relação a esses pacientes era muito definida a partir da experiência da instituição", afirmou à Folha o ministro Alexandre Padilha (Saúde).

O principal objetivo das diretrizes, diz o ministro, é evitar complicações decorrentes de um atendimento inadequado que piorem a qualidade de vida desses pacientes.

De acordo com Alice Rosa Ramos, superintendente clínica da AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente), entidade que participou da elaboração das normativas, as novas diretrizes terão impacto mesmo em cidades com centros de referência para esses atendimentos.

"Há poucos especialistas no país voltados à reabilitação do deficiente (...) Assim, mesmo numa cidade grande, locais de pouco acesso, como o hospital na periferia, vão ter uma normativa. O paciente vai ser mais bem tratado e ter menos sequelas", explica.

A publicação dessas orientações estava prevista no plano Viver Sem Limite, direcionado a pessoas com deficiência e lançado em 2011 pela presidente Dilma Rousseff.

A divulgação das diretrizes sobre a síndrome de Down, também previstas no plano, foram anunciadas em setembro deste ano pelo Governo Federal.

As novas orientações saem agora, no início da 3ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência.

O Ministério da Saúde divulga ainda a ampliação do número das doenças avaliadas pelo teste do pezinho e a construção e a qualificação de centros de referência para pessoas com deficiência.


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