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Te achei no Facebook

Rede social possibilita reencontro de amigas após 40 anos e descoberta de irmã distante

Arquivo pessoal
As amigas Ana Lucia, Eliana, Marilda, Leda, Silvia, Yolanda, Rosamaria e Rachel
As amigas Ana Lucia, Eliana, Marilda, Leda, Silvia, Yolanda, Rosamaria e Rachel
AMANDA KAMANCHEK COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Aos 60, a aposentada Eliana Rammi deu uma guinada na vida. Após 40 anos sem rever as nove melhores amigas de adolescência, reencontrou-as, uma a uma, no Facebook.

Elas se conheceram em Casa Branca (SP), mas, com o tempo, foram se mudando para outras cidades: Ribeirão Preto, Vinhedo, Mococa, São Carlos, São Paulo e Curitiba.

O contato ficou cada vez mais raro, até desaparecer por completo. "Cada uma tomou seu rumo", conta Eliana.

A reviravolta se deu no ano passado, quando uma delas, Rosa Maria, 59, convidou as outras para entrar no Facebook. Não foi fácil convencê-las. "Ignorei e ignorei. Até que, num belo dia, aceitei. E foi a melhor experiência dos últimos anos. Num passe de mágica, estávamos todas lá".

Assim, ela, Ana Lucia, Leda, Marilda, Marilena, Rachel, Rosa Maria, Silvia, Vera e Yolanda voltaram a se falar e a se ver.

"Nesses encontros, lavamos nossa alma e nos enriquecemos com lembranças e histórias de vida", diz Eliana.

O próximo passo foi criar o grupo Veva (Viagem ao Exterior das Velhas Amigas). Em abril, embarcaram para Buenos Aires e já planejam o próximo destino: Nova York, Miami ou Itália. "Estamos decidindo, enquanto atualizamos os passaportes."

VOCÊ POR AQUI?!

O Facebook tem hoje 61 milhões de brasileiros cadastrados. Destes, 47 milhões (77%) têm como principal objetivo reencontrar amigos ou pessoas que moram longe.

Pesquisa da consultoria internacional comScore também mostra que o Brasil é o país que mais publica mensagens na rede social.

"O Facebook serviu como uma luva para o povo brasileiro. A gente é fofoqueiro, curioso, gosta de se comunicar. Isso tudo se potencializa no ambiente digital", afirma Pedro Del Priore, 37, sócio-diretor da Agência Ginga, empresa que monitora dados sobre redes sociais.

MUDANÇA RADICAL

Histórias de reencontros não faltam. Graças às redes sociais, o designer gráfico Fernando Sing, 41, conheceu a própria irmã, Vanessa, 28, que mora em Milão, na Itália.

A história começou no Orkut, em 2005, quando uma morena alta e corpulenta enviou uma mensagem para ele, perguntando se o seu sobrenome era verdadeiro. "É, sim, por quê?", retrucou Fernando.

"Porque sou sua irmã", respondeu Vanessa.

O pai deles, que já morreu, teve Fernando em Londrina (PR), depois se separou da mãe dele e conheceu a mãe de Vanessa, de Vitória (ES).

Ao migrar para o Facebook, em 2009, eles começaram a descobrir mais detalhes da vida um do outro. Ele soube que, aos 18, Vanessa se mudara para Milão e lá havia se casado com um italiano. "Ela tem uma vida de princesa."

"Conversamos todo dia pelo chat do Face. Me alivia muito ver o rosto dela sempre."

Após a insistência de Vanessa, ele decidiu se mudar para a Itália.

Ele viaja hoje. Vai morar com Vanessa, o cunhado, Riccardo, e o filho deles, Pietro, 2. Espera-se que vivam felizes para sempre.


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