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Após voto-fantasma, Câmara 'encosta' painel

Sistema eletrônico de votação não será utilizado até que a empresa responsável pela manutenção apresente relatório

Programa pode ter lido a digital de outro vereador como sendo a de Edivaldo Estima, que não estava na sessão

GIBA BERGAMIM JR. DE SÃO PAULO

Um dia após o painel da Câmara registrar um voto-fantasma na aprovação do Orçamento de São Paulo, os vereadores passaram a votar projetos usando o microfone.

O sistema eletrônico de votação não será utilizado até que a empresa responsável pela manutenção, a Visual Sistemas Eletrônicos, apresente justificativas para o defeito e a solução dele.

O problema foi detectado quando Milton Leite (DEM) percebeu que o nome de Fernando Estima (PSD) apareceu no painel como voto contrário ao Orçamento. Estima não só é a favor da proposta como não estava no Legislativo na hora da votação.

Após a confusão, o Orçamento foi aprovado em primeira votação com apenas um voto contrário, de Aurélio Miguel (PR).

"Levei um susto quando soube que meu voto foi computado", disse Estima. Ele afirmou que teve que sair às pressas do Legislativo para socorrer o pai dele, o ex-vereador Edvaldo Estima, que passou mal.

"Agora tem que investigar os motivos desse erro", disse.

O presidente da Câmara, José Police Neto (PSD), diz esperar que o problema seja solucionado até a próxima terça-feira, quando haverá nova sessão ordinária.

Além da segunda votação do Orçamento, há dezenas de projetos que devem ser votados até o final do ano.

"Foi uma falha. O painel só será usado quando tivermos garantia do seu pleno funcionamento", disse Neto.

A suspeita é que a falha tenha ocorrido no sistema de biometria, que faz a leitura das digitais dos vereadores.

O programa pode ter reconhecido a digital de outro vereador como sendo a de Estima. A Folha não conseguiu localizar os responsáveis pela empresa que cuida do equipamento, que fica em Belo Horizonte.


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