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Onda de violência deixa 2 mortos e ônibus queimados em Ribeirão
Em menos de 3 h, ações criminosas se espalharam pela cidade
DE RIBEIRÃO PRETO
Dois ônibus queimados, três apedrejados, delegacia alvo de tiros, dois mortos e uma pessoa ferida em menos de três horas. Esse foi o saldo da violência na noite de anteontem em Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo).
Os ataques aos cinco ônibus e ao 5º Distrito Policial ocorreram após o assassinato de Maxwell William Domingos, 22, apontado pelo delegado Carlos Henrique Araújo Garcia como um dos chefes do tráfico na zona norte.
Segundo a polícia, ele levou três tiros às 20h. Uma hora e meia depois, um ônibus foi incendiado. Dois passageiros e o motorista foram retirados por homens armados.
Às 22h05, a uma distância de dez quarteirões, outro ônibus foi incendiado depois de, como no ataque anterior, os 15 passageiros e o motorista serem retirados do veículo.
Foi a primeira vez que esse tipo de crime ocorreu neste ano em Ribeirão Preto.
Ainda anteontem à noite, outros três ônibus foram apedrejados. A empresa Turb, dona dos ônibus, estima em R$ 500 mil os prejuízos.
Os ataques assustaram as empresas de transporte coletivo urbano. Por volta das 22h, os 150 ônibus que circulam à noite foram recolhidos.
Por volta das 23h, seis tiros atingiram as portas e as paredes do 5º DP. Não houve feridos, já que não havia ninguém naquele momento.
Durante a noite, em perseguição policial, dois suspeitos em uma moto bateram em um Astra. Um estudante de 13 anos foi atropelado e ficou ferido. O motorista da moto, Lucas Henrique da Silva Sousa, 18, que tinha passagem policial, não morreu no local. O outro suspeito fugiu.
