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Marcos Schwartsman (1935-2013)

Advogado trabalhista e bom orador

ESTÊVÃO BERTONI DE SÃO PAULO

Quando Marcos Schwartsman era adolescente, seu colégio, o Caetano de Campos, organizou uma viagem ao Rio, para uma atividade com o presidente Getulio Vargas.

Na hora do evento, o estudante destacado para ser orador ficou nervoso e não conseguiu falar. Desinibido e assertivo, como é descrito, Marcos o substituiu sem pestanejar.

A família viu seu discurso depois, pelo jornal que, nos anos 50, passava nos cinemas.

Brilhante orador, acabou se formando em direito, na USP, em 1960, e fez carreira como advogado trabalhista em São Paulo, onde vivia desde os nove anos. Filho de um imigrante russo, nasceu em Campina Grande (PB), porque o pai, dono de uma alfaiataria e de uma movelaria, mudou-se para lá após ouvir que tinha um tio na cidade -o que se confirmou.

A família veio a São Paulo por achar que aqui as condições de vida eram melhores.

Marcos foi advogado de sindicatos, como o dos metalúrgicos e o dos trabalhadores das indústrias de fiação e tecelagem. Em 1983, presidiu a Associação dos Advogados Trabalhistas de SP e chegou a ser indicado pelo Conselho Federal da OAB ao cargo de ministro do Tribunal Superior do Trabalho. Acabou preterido.

Por parecer bravo, brincavam que era "mate leão: já vinha queimado". Mas, sensível, chorava até vendo filmes, como conta a mulher, Victoria. O casal teve três filhos, entre os quais Hélio Schwartsman, colunista da Folha.

Tinha uma doença neurodegenerativa que acarreta perdas motoras. Morreu ontem, aos 77, de septicemia. Teve cinco netos. O enterro será hoje, às 10h, no Cemitério Israelita do Butantã, em São Paulo.


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