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Outro lado
Empresas dizem que construções são regulares
DE SÃO PAULOOs responsáveis pelos empreendimentos afirmam que aprovações e obras foram regulares e que não podem ser punidos por erros cometidos por terceiros -entre eles funcionários públicos.
As empresas Cyrela, Queiroz Galvão, MAC e Veneza, responsáveis pelo Domínio Marajoara, dizem estar "convictas de que o empreendimento é perfeitamente regular".
A entrega dos imóveis, que foram vendidos por até R$ 1,8 milhão, estava prevista para 2010. Compradores já entraram com ação de indenização por conta do atraso.
Segundo as empresas, "a obra foi regularmente aprovada e a eventual demora na entrega não foi causada por culpa das incorporadoras".
José Custódio Filho, advogado do Ilha de Capri, diz que a construtora responsável pela obra foi vítima de uma quadrilha que era paga pelos clientes, mas falsificava as guias de pagamento apresentadas à prefeitura.
Segundo a denúncia do Ministério Público, os acusados induziram o poder público a erro -após receber as guias falsificadas, o município entregava os alvarás. A prefeitura nunca recebeu o dinheiro.
Uma audiência de tentativa de conciliação entre a prefeitura e o empreendimento foi marcada para 21 de fevereiro. Na ocasião será definido se o depósito de R$ 1,8 milhão, feito em juízo pelo prédio, é suficiente para cobrir os pagamentos não realizados.
Os responsáveis pelo Loft Morumbi não foram localizados ontem. No processo, eles negam irregularidades e afirmam que todas as licenças necessárias foram expedidas.
O Ministério Público pede que sejam responsabilizados, também, funcionários municipais e estaduais que deram as autorizações.
A defesa de Hussain Aref Saab, acusado de formação de quadrilha e corrupção, diz que ele é inocente.