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Assembleia pode impor cotas, afirma reitor da Unesp
Temor é que lei seja como a das federais
Se o projeto de cotas feito pelos reitores de USP, Unesp e Unicamp não for aprovado internamente nas universidades, a Assembleia Legislativa pode impor uma lei com regras diferentes. A avaliação é do reitor da Unesp, Julio Cezar Durigan, que será oficializado no cargo hoje.
O temor dos dirigentes é que os deputados imponham modelo semelhante ao das federais, pelo qual 50% das vagas serão destinadas a alunos de escolas públicas até 2016.
A avaliação dos reitores paulistas é que, no modelo das federais, alunos mal preparados podem ocupar as vagas.
Assim, eles apresentaram em dezembro projeto que prevê os mesmos 50% para a rede pública, mas com preenchimento diferente: parte seria com alunos que passariam por curso superior intermediário.
O projeto dos reitores precisa ser aprovado pelos Conselhos Universitários, que em discussões anteriores já rejeitaram um percentual fixo para alunos de escolas públicas.
Uma das razões para a elaboração da proposta, diz Durigan, foi a informação de que a Assembleia poderia aprovar lei de cotas como a federal.
Durigan, 58, agrônomo, exerce o cargo desde 2011, quando Herman Voorwald deixou o posto para ser secretário estadual de Educação. Ano passado, Durigan venceu a nova eleição.
(FÁBIO TAKAHASHI)
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Cotas
Nossa preocupação é que vire uma lei que seja frontalmente contrária ao que defendemos. Os Conselhos Universitários terão de decidir, e rapidamente. A discussão pesada vai ser em relação ao PPI [benefício extra a pretos, pardos e indígenas].
Graduação
Precisamos mudar a forma de ensinar. O aluno hoje não aguenta 40 minutos de aula. É a geração dele.
Orçamento
Espero que 2013 seja melhor que 2012. A arrecadação do Estado [que baliza as verbas para as universidades] ficou abaixo do esperado. Tivemos de usar R$ 50 milhões das reservas. Para 2013, estão previstos R$ 2 bilhões.